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terça-feira, 1 outubro, 2024
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Crise no Mercosul: Disparidades e discordâncias ameaçam a integração regional

Por Marina B.

O Mercado Comum do Sul (Mercosul, teve sua origem em março de 1991, quando Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram o Tratado de Assunção. Inicialmente, o objetivo era estabelecer uma zona de livre comércio entre os países, promovendo a livre circulação de bens e serviços, eliminando barreiras tributárias, alfandegárias e burocráticas, além de coordenar políticas agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial, de comércio exterior e de capitais.

O Tratado de Assunção estabeleceu 31 de dezembro de 1994, como prazo para a conclusão do processo de integração do bloco. Entretanto, as disparidades entre os membros, somadas a diferenças ideológicas, dificultaram a efetivação do Mercosul conforme estipulado nos acordos iniciais.

O Mercosul, como mercado comum, deveria incluir harmonização tributária, equalização de barreiras não tarifárias e livre movimento de trabalhadores, além de políticas econômicas comuns. No entanto, o bloco enfrentou obstáculos devido às divergências econômicas, políticas cambiais, estabilidade monetária e regras de investimento estrangeiro entre os países-membros.

Episódios como a entrada da Venezuela e a suspensão temporária do Paraguai agravaram as tensões no Mercosul. A suspensão permitiu a admissão da Venezuela, mesmo sem preencher os requisitos democráticos. Essas situações contribuíram para a inviabilidade quase completa do Mercosul na prática, apesar de sua existência formal.

Apesar da ideia de integração regional ser defensável, as disparidades econômicas e as diferenças ideológicas entre os membros dificultam a cooperação efetiva. A recente acusação do presidente uruguaio sobre Brasil e Argentina “trancarem” seu país em negociações com a China, os posicionamentos divergentes em relação aos Estados Unidos e o acordo comercial com a União Europeia ameaçado por intransigências destacam os desafios enfrentados pelo Mercosul.

Para que o Mercosul se torne relevante na prática, é crucial que os países-membros avancem em direção à plena democracia, ao respeito ao livre mercado e à integração mais profunda. No entanto, as atuais discordâncias e movimentos contraditórios indicam que o caminho para alcançar esses objetivos é complexo e desafiador.

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