Comissão alerta para risco de fuga e reforça rigor contra falsos depoimentos
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes e descontos indevidos contra aposentados do INSS aprovou, nesta quinta-feira (2), um novo pedido de prisão preventiva de Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais). O requerimento será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A CPMI também alertou para o risco de fuga do sindicalista, considerado peça central nas investigações sobre os desvios bilionários.
Histórico de prisões e advertências
Carlos Roberto Ferreira já havia sido preso em 29 de outubro, durante seu depoimento na comissão, por falso testemunho, mas foi liberado após o pagamento de fiança.
O presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), reforçou que a comissão manterá tolerância zero com mentiras nos depoimentos e não hesitará em determinar prisões em flagrante ou conduções coercitivas.
“Todos serão respeitados, mas quem mentir aqui receberá voz de prisão. Estamos firmes nesse compromisso”, declarou Viana no início da sessão.
Outras prisões na investigação
Além de Lopes, a CPMI já havia determinado, em 23 de setembro, a prisão de Rubens Oliveira Costa, apontado como intermediário de Antônio Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, líder do esquema de desvio de recursos de aposentados.
O colegiado sustenta que as medidas são fundamentais para evitar manobras de obstrução à investigação e garantir que os principais envolvidos respondam perante a Justiça.