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segunda-feira, 1 setembro, 2025
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CPMI do INSS expõe crise e vingança no governo Lula

Por Alexandre Gomes

As recentes trocas na bancada governista da CPMI que investiga os escândalos do INSS revelam não apenas a fragilidade política de Lula, mas também um padrão cada vez mais evidente: o governo atua no improviso, com retaliações pessoais, ressentimento e falta de articulação, segundo Cláudio Humberto em sua coluna no Diário do Poder.

A narrativa de que as mudanças na comissão seriam apenas “estratégia política” não cola. Na prática, o Planalto tenta reagir a uma sequência de derrotas em votações importantes, resultado da própria incapacidade de coordenação da base. Lula, que se vende como grande articulador, hoje não consegue sequer segurar aliados em votações-chave.

O senador Otto Alencar (PSD-BA), até então uma das vozes do governo na CPMI, não escondeu a insatisfação em “advogar” por Lula em um tema espinhoso como o rombo no INSS. Com eleição à vista, preferiu se afastar do desgaste — sinal claro de que nem aliados tradicionais querem se queimar para defender um governo em declínio.

A substituição de nomes também carrega um tom de revanche pessoal de Lula. O deputado Rafael Brito (MDB-AL), por exemplo, foi rifado após faltar à votação que garantiu à oposição a presidência e a relatoria da CPMI. Lula não esqueceu: apesar de ter gravado vídeo de apoio à campanha de Brito, sentiu-se traído.

O mesmo ocorreu com o senador Cid Gomes (PSB-CE), que simplesmente não apareceu na votação. Resultado: exclusão sumária, com rancor explícito. O governo troca diálogo por retaliação, e a base se desmancha diante dos olhos do país.

Até 2024, Cid Gomes era do PDT, partido do ex-ministro Carlos Lupi, demitido após vir a público o esquema milionário de fraudes no INSS. Mais um episódio que expõe a falta de controle e a omissão do governo diante da corrupção.

As mudanças na CPMI do INSS não mostram força, mas sim fraqueza. Lula demonstra ressentimento, perda de aliados e incapacidade de liderança. A cada movimento, confirma que governa olhando para trás, punindo desafetos, enquanto o país afunda em escândalos, má gestão e falta de rumo.

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