A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou nesta quinta-feira (18) a convocação de novos nomes ligados ao esquema.
Convocação de dirigentes sindicais
Um dos requerimentos aprovados chama Milton Baptista Souza Filho, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi). A entidade tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Também foi aprovada a convocação de Vânia Marques Pinto, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag).
Outros nomes confirmados
Além dos dirigentes sindicais, a CPMI aprovou convites a autoridades para fornecer informações:
- Andrei Rodrigues, delegado-geral da Polícia Federal;
- Bruno Bianco Leal, ex-secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia;
- Jorge Messias, advogado-geral da União;
- Vinícius Marques de Carvalho, ministro-chefe da Controladoria-Geral da União.
Depoimentos previstos para o dia
Ainda nesta quinta-feira, devem depor pessoas ligadas diretamente ao núcleo das fraudes, como:
- Tânia Carvalho dos Santos, esposa de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, suspeita por movimentações financeiras e compra de imóvel em dinheiro vivo;
- Romeu Carvalho Antunes, filho do “Careca”, sócio em empresas investigadas;
- Rubens Oliveira Costa, sócio do “Careca”;
- Milton Salvador de Almeida Jr., ligado a diversas empresas suspeitas;
- Cecília Montalvão, esposa de Maurício Camisotti, com participação em empresa que movimentou quase R$ 300 milhões.
Quebra de sigilos e aprofundamento das investigações
Na semana passada, a CPMI já havia aprovado a quebra de sigilos bancários de 67 pessoas e 91 entidades. Entre os alvos estão o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, o “Careca do INSS” e Maurício Camisotti.
As quebras também atingem a Contag, o Sindnapi e a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil, que recebeu mais de R$ 100 milhões do INSS.
Essa nova rodada de convocações e quebras de sigilo aprofunda as investigações e amplia a pressão sobre sindicatos e entidades com vínculos políticos relevantes, incluindo nomes ligados ao presidente Lula.