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quinta-feira, 1 maio, 2025
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“CPI das Fraudes do INSS”: oposição reage ao descontrole do governo e ultrapassa o número mínimo de assinaturas para protocolar requerimento na Câmara

Por Alexandre Gomes

Após escândalo bilionário envolvendo descontos indevidos em aposentadorias, oposição consegue apoio necessário para protocolar CPI na Câmara dos Deputados. Leia Requerimento na íntegra e e lista dos parlamentares que assinaram.

Em meio a um novo escândalo de fraudes envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a oposição na Câmara dos Deputados alcançou, na noite desta terça-feira (29), o número mínimo de 171 assinaturas para protocolar a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará o esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.

A articulação foi liderada pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e mostra a eficiência e coesão da oposição, que reagiu prontamente diante do que tem sido visto como descontrole e permissividade do governo federal com práticas abusivas contra os mais vulneráveis.

Leia o Requerimento na íntegra:

“REQUERIMENTO No ______ DE 2025_

(do Sr. Coronel Chrisóstomo)

Requer a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os sindicatos envolvidos na fraude do INSS, com cobranças de mensalidades de aposentados e pensionistas, que pode chegar a R$ 6,3 bilhões.

Senhor Presidente,

Nos termos do artigo 58, §3o, da Constituição Federal c/c artigos 35 a 37 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), composta por 27 membros titulares e igual número de suplentes, para investigar, no prazo de até 120 dias, a gestão, a execução e os sindicatos envolvidos na fraude do INSS, com cobranças de mensalidades de aposentados e pensionistas, que pode chegar a R$ 6,3 bilhões segundo informações da imprensa, analisando a atuação dos sindicatos na fraude e com as gestões destes estavam envolvidas, apurando as possíveis irregularidades e quantos aposentados e pensionistas foram atingidos.

JUSTIFICATIVA

A criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) intitulada “CPI da Fraude no INSS” é imprescindível diante das graves denúncias de irregularidades envolvendo o Sindnapi/FS (Sindicato Nacional dos Aposentados) e outras entidades sindicais, conforme revelado pela matéria publicada em 23/04/20251.

A operação da Polícia Federal, batizada de Sem Desconto, expôs um esquema de desvio de contribuições sindicais não autorizadas, com falsificação de assinaturas e outros crimes, que pode ter movimentado ilegalmente cerca de R$ 6,3 bilhões, envolvendo pelo menos 11 sindicatos.

Somente o Sindnapi, que tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu R$ 77,1 milhões em contribuições em 2024, sendo alvo de suspensão administrativa pela Controladoria Geral da União (CGU) e de investigações criminais.

A gravidade das acusações exige uma investigação parlamentar aprofundada para esclarecer a extensão das fraudes, identificar os responsáveis e avaliar o impacto sobre aposentados e pensionistas, que tiveram seus benefícios descontados indevidamente.

A CPI deve apurar o modus operandi dessas práticas, incluindo a falsificação de documentos e a ausência de consentimento dos beneficiários, além de investigar possíveis conexões políticas que possam ter facilitado ou encoberto tais ilícitos. A proximidade de lideranças sindicais com figuras de alto escalão do governo, como no caso do Sindnapi, reforça a necessidade de transparência e imparcialidade na apuração. Embora o Sindnapi tenha divulgado nota afirmando apoiar as investigações e defender os direitos dos aposentados, a confiança no sistema previdenciário e nas instituições sindicais está abalada.

A CPI será fundamental para garantir que as denúncias sejam investigadas de forma rigorosa, que os culpados sejam punidos e que medidas sejam implementadas para prevenir novos desvios. Proteger os direitos dos aposentados, que dependem desses recursos para sua subsistência, é uma questão de justiça social e responsabilidade pública. Assim, a instalação da CPI é uma resposta necessária para restabelecer a credibilidade das instituições e assegurar a dignidade dos beneficiários do INSS.

Por esses motivos, justifica-se o presente requerimento de informações. Dessa forma, o presente requerimento busca obter informações detalhadas e concretas, essenciais para assegurar e garantir a efetividade da política pública e uso de recursos públicos sem viés político.

Assim, requer o deferimento.

Deputado Federal CORONEL CHRISÓSTOMO – PL/RO.”

Fraude de R$ 6,3 bilhões e envolvimento de entidades ligadas ao governo

A CPI das Fraudes no INSS nasce após ação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) que expôs um esquema envolvendo 11 entidades associativas que faziam cobranças irregulares diretamente dos benefícios dos aposentados.

A investigação identificou um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Em troca dos descontos mensais, as entidades alegavam oferecer serviços como assistência funerária, consultas médicas e até “maridos de aluguel” — reparos domésticos.

Um dos focos da apuração é o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), presidido pelo irmão do presidente Lula, Frei Chico, que ocupa o cargo de vice-presidente da entidade. O sindicato viu seus repasses dispararem 564% entre 2020 e 2024, sob o guarda-chuva de contribuições compulsórias oriundas do INSS.

Reação política e pedidos de responsabilização

Diante do escândalo, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, pediu demissão. Outros seis servidores foram afastados de suas funções estratégicas, indicando o grau de comprometimento institucional com o esquema.

“O governo falhou em proteger aposentados e pensionistas. A estrutura pública foi usada de forma vergonhosa, e a oposição está cumprindo seu dever constitucional ao reagir com firmeza”, declarou o autor da CPI, Coronel Chrisóstomo.

Lupi se defende, mas não convence

Em audiência na Câmara nesta terça, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, tentou minimizar o escândalo ao afirmar que fraudes semelhantes também ocorreram em governos anteriores e prometeu identificar os mentores do esquema.

No entanto, sua defesa foi vista por parlamentares como evasiva e insuficiente diante da gravidade do caso.

Agora, decisão está nas mãos de Hugo Motta

A instalação da CPI depende agora da autorização do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Desde que assumiu a Casa, em fevereiro, nenhuma CPI foi aberta — o que levanta questionamentos sobre o compromisso da atual gestão com a investigação de irregularidades.

A oposição, por sua vez, vê a CPI como uma oportunidade para expor os mecanismos de aparelhamento político e omissão institucional que permitiram o avanço da fraude.

Leia a lista de quem assinou:

  • Coronel Chrisóstomo

Coutoria:

  • Delegado Paulo Bilynskyj
  • Mauricio do Vôlei
  • Mário Frias
  • Rosana Valle
  • Jefferson Campos
  • Sargento Fahur
  • Capitão Alden
  • Pr. Marco Feliciano
  • Roberta Roma
  • Maurício Marcon
  • Marcelo Moraes
  • Coronel Assis
  • Cabo Gilberto Silva
  • Hélio Lopes
  • Felipe Francischini
  • Mendonça Filho
  • Wellington Roberto
  • Rodolfo Nogueira
  • Delegado Ramagem
  • Coronel Ulisses
  • Filipe Martins
  • Joaquim Passarinho
  • Pezenti
  • Reinhold Stephanes
  • Clarissa Tércio
  • Vicentinho Júnior
  • Paulinho da Força
  • Luiz Carlos Hauly
  • Zé Silva
  • Silvye Alves
  • Altineu Côrtes
  • Gisela Simona
  • David Soares
  • Gilvan da Federal
  • Luiz Lima
  • Luiz Carlos Busato
  • Pedro Lupion
  • Nelson Barbudo
  • Qualquer Ortiz
  • Marcel van Hattem
  • Carla Dickson
  • Rosângela Moro
  • Luiz Fernando Vampiro
  • Adriana Ventura
  • Missionário José Olímpio
  • Carla Zambelli
  • Rodrigo Estacho
  • Amaro Neto
  • Catedral Zé Haroldo
  • Roberto Monteiro Pai
  • Alfredo Gaspar
  • Fernando Rodolfo
  • Giovani Cherini
  • Eros Biondini
  • Daniel Agrobom
  • Franciane Bayer
  • Giacobo
  • Ossesio Silva
  • Márcio Alvino
  • Soraya Santos
  • Marcelo Álvaro Antônio
  • Zé Vitor
  • Chris Tonietto
  • Dr. Zacharias Calil
  • Luiz Carlos Motta
  • Silas Câmara
  • Tião Medeiros
  • Marcos Pereira
  • Daniel Freitas
  • Weliton Prado
  • Pedro Westphalen
  • Sílvia Cristina
  • Ricardo Salles
  • Thiago Flores
  • Allan Garcês
  • Magda Mofatto
  • Pastor Diniz
  • Marcelo Crivella
  • Alexandre Guimarães
  • Bia Kicis
  • Maurício Carvalho
  • Caroline de Toni
  • General Pazuello
  • Aluísio Mendes
  • Marcos Pollon
  • Matheus Noronha
  • Daniel Trzeciak
  • Emidinho Madeira
  • Stefano Aguiar
  • Thiago de Joaldo
  • Rosângela Reis
  • Eli Borges
  • Lafayette de Andrada
  • Greyce Elias
  • Ronaldo Nogueira
  • Lucas Redecker
  • Ana Paula Leão
  • Simone Marquetto
  • Filipe Barros
  • Gustinho Ribeiro
  • Geovania de Sá
  • Delegado Fábio Costa
  • Ícaro de Valmir
  • Neto Carletto
  • Vitor Lippi
  • Renilce Nicodemos
  • Pauderney Avelino
  • Rafael Simões
  • Otoni de Paula
  • Maria Rosas
  • Alex Manente
  • Sérgio Souza
  • Ricardo Maia
  • Alceu Moreira
  • Assinante
  • Bibo Nunes
  • Zé Trovão
  • Zucco
  • Silvia Waiãpi
  • Messias Donato
  • Capitão Alberto Neto
  • Coronel Meira
  • Pastor Eurico
  • Carlos Jordy
  • Dr. Fernando Máximo
  • Coronel Fernanda
  • Delegado Caveira
  • Luiz Philippe de Orleans e Bragança
  • Sanderson
  • Delegado Palumbo
  • Osmar Terra
  • Sargento Portugal
  • Dr. Luiz Ovando
  • Lincoln Portela
  • Rodrigo Valadares
  • Júnio Amaral
  • Rodrigo da Zaeli
  • Carlos Sampaio
  • Adilson Barroso
  • Gustavo Gayer
  • Sóstenes Cavalcante
  • Ricardo Guidi
  • General Girão
  • José Medeiros
  • Capitão Augusto
  • Kim Kataguiri
  • Alberto Fraga
  • Diego Garcia
  • Nicoletti
  • Nikolas Ferreira
  • Júlia Zanatta
  • Daniela Reinehr
  • Sargento Gonçalves
  • Dr. Frederico
  • Evair Vieira de Melo
  • Fred Linhares
  • André Fernandes
  • Dr. Jaziel
  • Dayany Bittencourt
  • Cristiane Lopes
  • Raimundo Santos
  • Miguel Lombardi
  • Fausto Santos Jr.
  • Afonso Hamm
  • Domingos Sávio
  • Gilson Marques
  • Delegado Éder Mauro
  • Roberto Duarte
  • Saulo Pedroso
  • Delegado Matheus Laiola
  • Professor Alcides
  • Paulo Freire Costa
  • Maurício Neves
  • Delegado Bruno Lima
  • Coronel Armando
  • Fausto Pinato
  • Paulo Alexandre Barbosa
  • Celso Russomanno
  • Eduardo Velloso
  • André Ferreira
  • Ismael
  • Da Vitória
  • Beto Pereira
  • Ely Santos
  • Covatti Filho

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