Sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os Correios enfrentam o maior prejuízo de sua história, com um déficit acumulado de R$ 2 bilhões entre janeiro e setembro de 2023. A gestão atual, comandada por Fabiano Silva dos Santos, indicado por um grupo de advogados alinhados ao presidente, atribui a crise a uma suposta “herança” do governo anterior. No entanto, os números contrastam com os resultados do período de Jair Bolsonaro (PL), que registrou lucro em três dos quatro anos de mandato.
Descontrole e medidas emergenciais
Diante da situação financeira crítica, os Correios implementaram um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para 2023 e suspenderam contratações de terceirizados, revisaram contratos e determinaram cortes de pelo menos 10% nos valores vigentes. A estatal alertou para o risco de “insolvência” caso o rombo nas contas não seja contido.
Entre as decisões questionáveis da atual gestão está a desistência de recorrer em uma ação trabalhista de R$ 600 milhões, repassando o prejuízo para 2022, além de assumir uma dívida de R$ 7,6 bilhões com o fundo de pensão Postalis.
Críticas à gestão Lula e comparação com Bolsonaro
Apesar de atribuir o rombo à “herança” de Bolsonaro, os Correios tiveram lucros consistentes durante a administração do ex-presidente, evidenciando uma gestão mais eficiente e com maior controle sobre as contas públicas. A política austera de Bolsonaro e os esforços para modernizar a estatal parecem ter sido desmantelados sob a nova administração.
Além disso, a decisão de abrir um concurso público para 3.511 vagas em meio à crise financeira levanta dúvidas sobre a prioridade da gestão atual. O aumento de gastos com pessoal pode agravar ainda mais a situação de uma empresa que já enfrenta dificuldades para se manter solvente.
Entre as justificativas da gestão Lula está a chamada “taxa das blusinhas”, criada pelo ministro Fernando Haddad, que dificultou a entrada de produtos importados e resultou em uma queda no volume de encomendas processadas pelos Correios. Essa medida, criticada por especialistas e consumidores, demonstrou falta de visão estratégica para proteger uma das principais fontes de receita da estatal.
A crise nos Correios é mais um reflexo da falta de planejamento e do aparelhamento das estatais sob o governo Lula.
Enquanto a gestão Bolsonaro priorizou eficiência e transparência, o atual governo parece repetir erros do passado, colocando em risco o futuro de uma das mais importantes empresas públicas do país. A pergunta que fica é: até quando o contribuinte brasileiro suportará arcar com as consequências de uma administração desastrosa?