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quarta-feira, 12 novembro, 2025
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COP30: manifestação de esquerda termina com tumulto e deixa dois seguranças feridos em Belém

Por Alexandre Gomes

Confronto ocorreu na entrada da “Zona Azul”, área sob responsabilidade da ONU; evento segue com negociações normais, diz organização

Uma manifestação de grupos de esquerda terminou em confronto na entrada da COP30, em Belém (PA), na tarde desta terça-feira (11). Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), dois seguranças ficaram feridos após manifestantes tentarem ultrapassar as barreiras de acesso à chamada Zona Azul, área sob controle direto da entidade internacional.

A marcha, que reuniu médicos, enfermeiros, estudantes, lideranças indígenas e representantes de movimentos sociais, partiu da Avenida Duque de Caxias e seguiu até o local da conferência. O grupo reivindicava maior participação popular nas decisões da COP e políticas públicas mais efetivas na área da saúde e do meio ambiente.

Confusão na entrada da área da ONU

Após o encerramento oficial da marcha, parte dos manifestantes avançou sobre a barreira de segurança. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram mesas sendo empilhadas e agentes formando uma barricada para conter o grupo.

Em nota ao portal g1, a Secretaria das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) confirmou o episódio:

“Um grupo de manifestantes violou as barreiras de segurança na entrada principal da COP, causando ferimentos leves a dois seguranças e danos superficiais ao local.”

A entidade informou ainda que as negociações seguem normalmente e que o local está seguro.

“Autoridades do governo brasileiro e da ONU estão investigando o incidente”, acrescentou a UNFCCC.

Organizadores negam envolvimento

Em comunicado oficial, os organizadores da Marcha Global Saúde e Clima — principal movimento envolvido na mobilização — negaram qualquer participação no tumulto:

“Não temos qualquer relação com o episódio ocorrido na entrada da Zona Azul da COP30 após o encerramento da marcha.”

Relatos e reforço de segurança

O manifestante Júlio Pontes, de 29 anos, relatou que o grupo decidiu avançar até o ponto de credenciamento, o que teria gerado a tensão:

“A gente decidiu ir adiante, e houve nesse momento um enfrentamento com a segurança. Felizmente, todo mundo saiu bem e conseguimos dar nosso recado por mais participação popular e em defesa das florestas.”

De acordo com os organizadores, a marcha reuniu cerca de 3 mil pessoas em um trajeto de 1,5 quilômetro, liderada pelo movimento Médicos pelo Clima.

A segurança da Zona Azul está sob responsabilidade de agentes contratados pela ONU, que solicitaram apoio de forças estaduais e bombeiros civis para reforço após o incidente.

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