O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, optaram por se hospedar a bordo do barco Iana III durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém (PA). A diária da embarcação, contratada pela Presidência da República, é estimada em R$ 5,3 mil por casal.
A decisão ocorre em meio à escassez de hospedagens disponíveis na capital paraense. Mesmo com a oferta de acomodações pela Marinha, o governo federal recorreu a uma empresa privada para garantir a estadia presidencial.
De acordo com a Secretaria de Comunicação Social (Secom), o contrato foi firmado com a empresa Icotur Transporte e Turismo Ltda., ao custo de R$ 2.647 por pessoa, por dia. Segundo a pasta, a escolha considerou “critérios de segurança, logística e custo-benefício”.
A Secom classificou o barco como “a alternativa mais econômica e operacionalmente adequada” em comparação à rede hoteleira de Belém. O comunicado oficial, contudo, não informou o número de integrantes da comitiva hospedados na embarcação.
Sabe-se apenas que o presidente está acompanhado de Janja, nomeada como enviada especial das Mulheres na COP30. Ministros e demais autoridades do governo não estão hospedados no mesmo local.
Hospedagem sob sigilo e segurança reforçada
O Iana III permanecerá atracado na Base Naval de Val de Cães, em área de acesso restrito. O ingresso da imprensa foi proibido, e o governo justificou a medida com base em protocolos de segurança e no sigilo previsto pela Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011) e pelo Decreto nº 7.724/2012.
Em nota, a Presidência informou que todas as despesas relacionadas à viagem presidencial seguem “planejamento prévio e critérios de segurança”, reiterando que dados que possam comprometer a integridade do presidente, do vice ou de familiares não são divulgados.