Na última quarta-feira (29), os ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Regional foram contemplados com crédito adicional, proveniente de Comissões Parlamentares, totalizando R$4,7 bilhões. O Ministério da Saúde, liderado pela socióloga Nísia Trindade, receberá um crédito suplementar de R$ 2,84 bilhões, enquanto o Ministério do Desenvolvimento Regional, sob o comando do ex-governador do Amapá, receberá R$ 6,1 milhões.
Desde o início da tramitação dos projetos que abriram o crédito suplementar, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) tem sido o crítico mais contundente das manobras realizadas para aprovar as propostas de última hora, pegando a maioria dos parlamentares de surpresa.
“O aspecto mais preocupante é retirar todo esse dinheiro das Comissões, que já tinham previsões de investimentos, sem especificar quem exatamente vai distribuir esses recursos e para onde eles serão destinados”, afirmou o parlamentar gaúcho ao Diário do Poder.
Ao final da sessão do Congresso Nacional, o parlamentar voltou a se pronunciar. Um total de 69 parlamentares endossaram um destaque apresentado por Van Hattem (NOVO-RS) para realocar os recursos solicitados pelo governo para o estado do Rio Grande do Sul. Para o deputado, o dinheiro aprovado pelo Congresso será direcionado para “redutos eleitorais e desvios. É evidente que há muita corrupção envolvendo esses recursos indicados pelos parlamentares. Não há nada de secreto nisso”.