Parlamentares republicanos dos Estados Unidos enviaram uma carta ao Secretário de Estado, Antony Blinken, pedindo a revogação dos vistos de Alexandre de Moraes, ministro do STF, e de outros membros da Corte. No documento, os congressistas acusam Moraes de adotar práticas antidemocráticas e descrevem suas ações como uma “perigosa guinada autoritária” no Brasil.
A solicitação foi assinada por quatro deputados e um senador do Partido Republicano, que fazem parte de uma crescente ofensiva de aliados do ex-presidente Donald Trump contra o Supremo brasileiro. A carta critica a decisão de bloquear a rede social X (antigo Twitter) no Brasil, no final de agosto, alegando que a suspensão foi baseada em “fundamentos jurídicos questionáveis”.
Os parlamentares afirmam que a decisão do STF fere a liberdade de expressão, acusando Moraes de usar o tribunal para reprimir dissidências políticas, principalmente contra vozes conservadoras. Eles classificam as ações do STF como um “abuso flagrante de poder judicial” que impacta diretamente empresas americanas, como o X, de Elon Musk.
Os signatários, incluindo a deputada María Elvira Salazar e o senador Rick Scott, pedem que os EUA cancelem os vistos dos ministros do STF ou neguem novas solicitações, com o objetivo de proteger os valores democráticos e a liberdade de expressão no Ocidente.
Além da carta, dois deputados republicanos apresentaram um projeto de lei para proibir a entrada de Moraes nos EUA, intensificando a pressão sobre a Suprema Corte brasileira.
O STF ainda não se manifestou oficialmente, mas o episódio gerou desconforto, com temores de retaliações diplomáticas, como a possível revogação dos vistos dos ministros, especialmente de Moraes.
O governo Biden, por meio da porta-voz Karine Jean-Pierre, reafirmou a importância da liberdade de expressão, sem comentar diretamente o pedido dos congressistas.
Impacto Internacional
A tensão entre Moraes e Elon Musk colocou o Brasil no centro do debate sobre liberdade de expressão nos EUA, alimentando a polarização política entre republicanos e democratas em um ano eleitoral. A defesa da liberdade de expressão é um tema central nos EUA, garantido pela Primeira
