O prefeito Eduardo Paes (PSD) encontrou-se com o presidente Lula nesta quarta-feira (29) e compartilharam fotos em colaboração nas redes sociais.
“Recebi hoje o prefeito do Rio de Janeiro e vascaíno Eduardo Paes. Porque não precisamos conversar apenas pelas redes sociais. Falar pessoalmente sobre o futuro do nosso povo e também sobre o Corinthians é muito melhor”, escreveu Lula na postagem.
Em resposta, o senador Carlos Portinho (PL) compartilhou o post comentando: “Sem dúvida, Eduardo Paes é Lula. Essas mesmas pessoas, com as mesmas ideias, só podem alcançar o mesmo erro! Mais do mesmo não dá mais”.
Paes então replicou: “Tô voando. Sem ter o que fazer, vou responder o senador sem voto Carlos Portinho: quem tem padrinho é você! Foi secretário do Cabral, do Pezão e meu. Tudo indicação do presidiário Indio da Costa. Aliás, secretário bem ruinzinho (só melhor que seu padrinho). Tudo o que você não conseguiu no governo passado (tipo Galeão), eu tenho conseguido com o presidente Lula neste governo. Meus espaços na política eu sempre consegui com voto. E muitos. Algo que você não tem. Beijo no coração, mala sem alça e sem voto. Vou me encontrar muito com o presidente Lula e conseguir muito pelo Rio”.
O senador teve direito à tréplica: “Xii. Sentiu. Não adianta ficar nervosinho. Recomponha-se. Respondo por mim. E tenho orgulho do que construí em 20 anos de vida pública. Zero polêmica. Muito trabalho. Voltemos à discussão da cidade. Não vale a animosidade. Deus e paz no seu coração. Tá viajando mesmo, bom voo. Você é bom de carona no Galeão. (é cada um…)”.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante, também do PL, foi mais um a reagir à foto. “Aí é demais para minha timeline”, disse. “Deixando de seguir o Eduardo por causa do Lula”.
Tretas a partes, o que chamou atenção nesse episódio, foi o fato do presidente Lula dar mais importância ao encontro com o prefeito do Rio de Janeiro, do que despachar com os seus ministros. Finalizando o seu 16º mês de governo, até o presente momento Lula sequer recebeu particularmente 4 dos seus ministros. Vale lembrar que em uma de suas falas, ele disse que os ministros não tem que pensar, tem que fazer o que ele decide. Sem poder “pensar” e sem poder se encontrar com o “chefe”, as ordens do Lula devem chegar aos ministros por um office boy.
Não tem como dar certo esse novo modelo de governança.