O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), será convidado a prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados sobre o processo de escolha das agências vencedoras da megalicitação de comunicação promovida pelo governo Lula. Quatro empresas foram selecionadas para desenvolver campanhas de combate às notícias falsas, com um custo total de R$ 197 milhões.
As empresas vencedoras são a Moringa, BRMais, Área Comunicação e Usina Digital, conhecidas por sua proximidade com o governo Lula. A Moringa, por exemplo, possui vínculos com o próprio ministro; a BRMais tem laços próximos com os deputados federais do PT Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR); a Área Comunicação é reconhecida por sua estreita relação com Otávio Antunes, marqueteiro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e a Usina Digital está associada a Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula na última campanha política.
Os pedidos para que Pimenta explique o processo de seleção foram feitos pelos deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Marcos Pollon (PL-MS). Gayer formulou uma série de perguntas para o ministro da Secom, incluindo os critérios utilizados na escolha e o tipo de influência política envolvida no processo de seleção das agências.
Gayer também questionou por que as empresas vencedoras da licitação foram anunciadas antes da conclusão do processo licitatório, solicitando ao ministro uma “justificativa sobre o possível descumprimento dos princípios que regem o processo licitatório, especialmente o princípio da legalidade, devido processo legal, imparcialidade, publicidade, entre outros”.
No requerimento de Pollon, o parlamentar solicitou a presença de Pimenta para esclarecer os pontos controversos ou ilegais do processo licitatório para a contratação de uma ferramenta de inteligência artificial para monitorar a popularidade do Governo Federal nas redes sociais, bem como outros serviços de comunicação.
