As projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para um crescimento na safra de arroz do Brasil em 2024.
Os dois órgãos divulgaram seus dados nesta quinta-feira, 11. O IBGE projeta um aumento de cerca de 7%, enquanto a Conab prevê um incremento de 5,5% na safra de arroz do país.
O IBGE estima que a colheita chegará a 10,7 milhões de toneladas, enquanto a Conab calcula uma produção de 10,5 milhões de toneladas. Em ambos os casos, o volume é praticamente equivalente ao consumo nacional. Um dia antes da divulgação das previsões de safra, Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, afirmou que “o governo não descartou a realização de um leilão” para importar arroz.
Leilão de arroz do governo federal
No dia 6 de junho, por meio da Conab, o governo federal realizou um leilão para importar arroz. No entanto, o certame foi anulado após empresas sem histórico no mercado vencerem os principais lotes.
O resultado chamou a atenção de membros do Congresso, que propuseram a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. O episódio levou à demissão de Neri Geller do cargo de Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.
No leilão de junho, o governo federal anunciou vencedores para lotes que totalizariam 263 mil toneladas de arroz. A Queijo Minas, de Macapá (AP), conquistou o maior lote: 140 mil toneladas, ao custo de R$ 736 milhões. Marcus Vinícius (PP-RS), deputado estadual, descreveu a empresa como “um minimercado com capital social de R$ 80 mil”.
