A recente publicação do ex-presidente Jair Bolsonaro traz à tona um debate acalorado sobre as diferenças entre suas políticas e as do atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto a gestão Bolsonaro é marcada por uma defesa mais acentuada da propriedade privada e um controle rigoroso das invasões de terra, o governo Lula enfrenta críticas pela alta de conflitos agrários e propostas legislativas que geram desconfiança entre os defensores da propriedade.
Invasões de terra: Uma análise comparativa
Os dados são claros e alarmantes: durante os governos do PT (Lula e Dilma), a média anual de invasões de terra foi de cerca de 209, enquanto o governo Bolsonaro registrou apenas 11,7. O pico de invasões sob Lula ocorreu em 2004, com 327 casos, e sob Dilma, com 200 em 2014. Já o governo Bolsonaro alcançou um pico de apenas 13 invasões em 2022. Ao longo da gestão do PT, foram contabilizadas 2.991 invasões, em contrapartida às 62 sob Bolsonaro em 2022.
Recentemente, os dados revelaram que, nos primeiros oito meses do governo Lula, o MST invadiu 62 propriedades, igualando o número total de invasões ocorridas durante toda a gestão Bolsonaro, conforme reportado pelo Poder 360. Isso levanta sérias preocupações sobre o rumo que as políticas de terras podem tomar sob a liderança atual.
Títulos de propriedade: Um marco de realizações
Um dos pontos altos da gestão Bolsonaro foi a entrega de títulos de propriedade. Com um recorde histórico de emissões, mais de 420.000 títulos foram distribuídos, beneficiando cerca de 420.000 famílias, que foram integradas aos planos de produção do governo federal. Essa estratégia não apenas fortaleceu a agricultura familiar, mas também promoveu a valorização da propriedade, criando um ambiente mais favorável para o grande produtor, que é o principal gerador de empregos e riquezas no país.
Para colocar em perspectiva, os números de títulos emitidos são impressionantes:
- Lula (2003-2010): 99.050
- Dilma (2011-2016): 176.627
- Temer (2017-2018): 208.563
- Bolsonaro (2019-2022): 402.435
Em apenas 3 anos e 7 meses, Bolsonaro superou a soma dos títulos emitidos por Lula e Dilma em 14 anos de governo.
A ameaça das propostas legislativas
O governo Lula não apenas enfrentou um aumento nas invasões de terras, mas também está promovendo propostas legislativas que, segundo críticos, poderiam ameaçar a propriedade privada e o direito à herança. Entre essas propostas, há um aumento de impostos e a possibilidade de confiscos, o que levanta um sinal de alerta para proprietários rurais e urbanos.
A retórica de um “governo do amor” se contrapõe ao que muitos classificam como “governo do ódio”, especialmente diante da narrativa em torno das invasões de terra e das mudanças nas leis sobre propriedade.
Enquanto o governo Bolsonaro é lembrado por suas políticas de defesa da propriedade e redução das invasões, a gestão Lula, ao enfrentar o crescimento de conflitos agrários e propor mudanças legais questionáveis, gera preocupação e desconfiança. Esse contraste se reflete nas percepções da população sobre a segurança e os direitos de propriedade, revelando um cenário político polarizado que afeta diretamente a vida dos cidadãos.
A discussão sobre o futuro das políticas de terras e propriedade no Brasil continua, e os próximos passos do governo Lula podem moldar o cenário agrário e econômico do país nos anos vindouros.