Em resposta ao ofício do Supremo Tribunal Federal, emitido pelo ministro Luiz Edson Fachin, solicitando informações sobre a operação realizada no Complexo da Maré na terça-feira (11/06), o governador Cláudio Castro reafirmou que todos os protocolos estabelecidos pela ADPF 635 foram rigorosamente seguidos.
“As autoridades competentes, incluindo Ministério Público e as secretarias municipal e estadual de Saúde e Educação, foram previamente comunicadas sobre a operação. Implementamos um plano preventivo com presença de ambulâncias nas proximidades, e os agentes estavam equipados com câmeras corporais portáteis. Todas as questões levantadas pelo STF serão respondidas nos autos do processo”, declarou o governador, lamentando novamente a morte do sargento J. Cruz.
Castro enfatizou que a operação alcançou seus objetivos com o uso inteligente da tecnologia, resultando na prisão de 23 suspeitos, incluindo um adolescente.
“Os resultados da operação foram alcançados através de inteligência e tecnologia. Foram realizadas diversas apreensões e detidos 24 suspeitos, incluindo sete de Minas Gerais e um do Ceará. Isso demonstra a importância de ações que tratam a segurança como um desafio nacional, não restrito ao Rio de Janeiro. Nosso estado necessita do apoio das forças federais para um combate eficaz ao crime”, acrescentou Castro, mencionando as rotas de entrada de armas e drogas pelo estado.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Victor dos Santos, reiterou a necessidade da operação para combater a criminalidade e afirmou que o estado não tolerará ações criminosas.
“Criminosos de outros estados tentam se esconder nas comunidades do Rio. Enfrentamos nosso maior desafio na capital. Seguimos comprometidos em melhorar, capacitar e investir em tecnologia e inteligência para fornecer o melhor serviço de Segurança Pública à população fluminense”, destacou o secretário.
O coronel Marcelo de Menezes, secretário de Polícia Militar, lamentou a morte do sargento J. Cruz e expressou solidariedade aos amigos e familiares, elogiando a técnica e o planejamento estratégico da operação.
“Hoje nos despedimos de um valente companheiro, vítima daqueles que ameaçam nossa sociedade. Graças aos esforços do BOPE e de milhares de policiais, conseguimos capturar 24 envolvidos e retirar diversas armas de guerra do Complexo da Maré. Continuaremos nosso trabalho planejado e preciso para desmantelar esses grupos que perturbam a paz dos cidadãos do Rio de Janeiro”, concluiu o comandante-geral da PMERJ.
