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quarta-feira, 27 novembro, 2024
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China compra a maior reserva de urânio do Brasil no Amazonas, afirma site

Por Alexandre Gomes

A China Nonferrous Trade Co. Ltd. (CNT), uma subsidiária da China Nonferrous Metal Mining Group Co., comprou a maior reserva de urânio do Brasil, localizada em Presidente Figueiredo, no estado do Amazonas, a aproximadamente 107 quilômetros de Manaus. Este acordo, fechado na madrugada de terça-feira (26), marca um passo significativo na atuação do país asiático na mineração de recursos estratégicos, segundo o portal Brasil Norte Comunicações

O potencial da Mina de Pitinga

A mina do Pitinga, localizada na região da hidrelétrica de Balbina, é uma das maiores do Brasil e contém não apenas urânio, mas também outros minerais estratégicos, como terras raras, tântalo, nióbio, estanho e tório. Esses minerais são cruciais para a indústria de alta tecnologia, sendo usados em aplicações como foguetes, satélites espaciais, turbinas de motores a jato e baterias. O nióbio, em particular, é altamente valorizado por sua resistência e é utilizado na fabricação de mísseis, centrais elétricas e outros componentes militares.

O Negócio

O negócio, segundo o portal, foi anunciado pelo grupo Minsur S.A., empresa peruana que controlava a mineradora Taboca, operadora da mina desde 1969. A venda das ações foi concluída com a transferência de 100% da propriedade para a CNT. O comunicado oficial, enviado ao Governo do Amazonas no dia 26 de novembro, ressaltou a estratégia de crescimento para a Mineração Taboca, com a intenção de impulsionar a exploração mineral na região.

Implicações do Acordo

O urânio, embora essencialmente utilizado para fins energéticos em usinas nucleares no Brasil, tem implicações globais, já que o metal também é crucial para a indústria bélica, especialmente na fabricação de bombas atômicas. Este fato levanta questões sobre o impacto geopolítico da venda da maior reserva de urânio do país para a China, que já é uma das maiores potências nucleares do mundo. A aquisição de minerais críticos como tântalo e nióbio também fortalece a posição da China na indústria de defesa e tecnologia, áreas de crescente importância estratégica.

O acordo acontece em um momento de crescente interesse global pelos minerais raros e estratégicos, essenciais para o desenvolvimento de novas tecnologias, especialmente aquelas ligadas a energia limpa e indústria aeroespacial. O impacto desse negócio será monitorado, dado o potencial de transformação da região de Presidente Figueiredo em um polo de mineração de recursos valiosos e escassos.

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