O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), fez um firme pronunciamento neste domingo (3), durante manifestação na orla de Copacabana, defendendo que Jair Bolsonaro (PL) é a única e verdadeira liderança capaz de enfrentar Lula (PT) nas eleições de 2026. Em discurso inflamado sobre um trio elétrico, Castro descartou qualquer plano alternativo dentro da oposição: “Nós não temos plano B. Nosso plano é o J. E o J é de Jair Bolsonaro”.
A fala reafirma o compromisso de Castro com Bolsonaro, mesmo diante da inelegibilidade imposta ao ex-presidente pelo TSE. O governador fluminense foi uma das poucas lideranças estaduais a marcar presença nos atos deste domingo, que pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes (STF) e denunciaram perseguições políticas conduzidas pela Corte contra adversários do petismo.
A ausência de outros governadores que integram o campo da direita — como Tarcísio de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO), Romeu Zema (MG) e Ratinho Júnior (PR) — chamou atenção e evidenciou o isolamento de Bolsonaro entre aliados que, nos bastidores, já cogitam voos próprios em 2026.
Cláudio Castro, por sua vez, segue fiel ao ex-presidente. Ele articula a possível nomeação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para um cargo estratégico no governo do Estado do Rio, como forma de blindá-lo contra retaliações políticas e jurídicas por sua atuação nos EUA. Eduardo tem liderado articulações que resultaram em sanções contra ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes, aplicadas por Donald Trump com base na Lei Magnitsky.
Mesmo inelegível, Jair Bolsonaro ainda é considerado, segundo pesquisa Datafolha divulgada no sábado (2), o principal nome da oposição com força para enfrentar Lula em 2026. As decisões do TSE, no entanto, o afastam temporariamente da disputa eleitoral — decisões essas que continuam sendo questionadas por grande parte da população e por lideranças da direita, que enxergam nelas motivação política.
A manifestação deste domingo, com grande adesão popular e presença ativa de Cláudio Castro, reforça que o bolsonarismo segue com força nas ruas e que a base conservadora não aceita abrir mão de seu líder. Para muitos, Jair Bolsonaro não é apenas um candidato — é um movimento que resiste, mesmo diante das tentativas de silenciamento.