A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, anunciou nesta terça-feira (8) que tomará medidas para cobrar explicações sobre os gastos públicos envolvidos na recente viagem da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, ao Catar. A viagem ocorreu no início de setembro, onde Janja participou de um evento sobre educação, gerando controvérsia quanto à legalidade do uso de recursos públicos para sua presença.
De acordo com a deputada, a viagem custou aos cofres públicos mais de R$ 280 mil, somando despesas com passagens aéreas, diárias de quatro assessores e a escolta de oito policiais federais que acompanharam Janja. De Toni argumenta que, como Janja não ocupa um cargo público formal, não haveria base legal que justificasse sua viagem oficial em nome do governo, especialmente sem publicação de autorização no Diário Oficial da União (DOU), requisito necessário para missões oficiais.
A deputada afirmou que pretende tomar providências formais para investigar a legalidade dos gastos e, caso seja comprovada alguma irregularidade, buscará a restituição dos valores ao erário. “Nós já protocolamos um requerimento de informações para investigar os gastos e também estamos preparando uma ação popular. Se for verificada a ilegalidade, Janja terá que devolver o dinheiro aos cofres públicos”, declarou Caroline de Toni.
A polêmica em torno da viagem da primeira-dama levanta questões sobre o uso de recursos públicos e as responsabilidades associadas ao papel não institucional da esposa do presidente, colocando o tema em destaque na pauta política.
Assista ao pronunciamento completo da deputada aqui:
