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sábado, 21 dezembro, 2024
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Relembre como foi a manifestação do PT que destruiu a Esplanada dos Ministérios

Por Alexandre G.

Os ministérios do governo federal liberaram seus servidores e funcionários nesta quarta-feira à tarde, após vários prédios sofrerem atos de vandalismo por parte de manifestantes que exigem a saída do presidente Michel Temer e protestam contra as reformas da Previdência e trabalhista. Na Esplanada, os manifestantes danificaram prédios quebrando vidros, realizando pichações e invadindo os espaços. Funcionários do Ministério da Agricultura relataram que os manifestantes invadiram o prédio, incendiando o auditório no térreo, além de danificar porta-retratos na galeria dos ex-ministros. A tropa de choque interveio para auxiliar os servidores a deixarem o local.

Próximo aos ministérios da Saúde e do Planejamento, também foram identificados focos de incêndio. No Ministério do Planejamento, os manifestantes retiraram sofás da portaria, colocaram-nos do lado de fora do prédio e os incendiaram. No ministério da Cultura, documentos e computadores foram jogados para fora do edifício. Danos similares foram registrados nos ministérios da Fazenda, Turismo e Minas e Energia.

Nos edifícios P e F do ministério da Fazenda, os danos se limitaram a vidros quebrados na portaria, sem invasão. No ministério da Agricultura, um sofá na entrada privativa do ministro foi incendiado, e fotos dos ex-ministros foram quebradas. Durante os confrontos, seis policiais foram feridos. A Secretaria de Segurança Pública estimou a participação de 35 mil pessoas no protesto e a detenção de quatro pessoas, três delas por posse de entorpecentes e armas brancas. Um manifestante ficou ferido após a explosão de um rojão que manuseava, de acordo com informações da PM.

Concomitantemente aos incidentes na Esplanada dos Ministérios, parlamentares da oposição ocuparam a Mesa do plenário da Câmara dos Deputados, exibindo cartazes e faixas e entoando gritos de “Fora Temer”. A sessão foi suspensa duas vezes.

O protesto teve início na tarde, e quando os manifestantes, alguns deles com os rostos cobertos, se aproximaram da grade de isolamento que protegia a área do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia do Distrito Federal reagiu com o uso de bombas de efeito moral.

No Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer ordenou que todos os servidores permanecessem no prédio, que possui segurança militarizada. A Secretaria de Segurança não explicou o motivo da reação policial, alegando ser uma resposta a objetos atirados pelos manifestantes.

Temer solicitou reforço ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança presidencial. A ordem para liberar os servidores dos ministérios veio do GSI, e a Casa Civil enviou mensagens aos secretários executivos. Os militares consideraram que a integridade física dos servidores estava em perigo. O governo reconheceu falhas no esquema de segurança coordenado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), que não conseguiu fechar as entradas laterais dos ministérios. A intervenção federal na segurança só pode ser realizada se o presidente Michel Temer convocar a Força Nacional para conter os protestos.

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), manifestou apoio às manifestações por meio de uma nota, destacando ser um direito democrático do povo, mas criticou os atos violentos de certos grupos que colocaram em risco tanto pessoas quanto o patrimônio público. Rollemberg não abordou a atuação da PM nem a convocação das Forças Armadas para proteção dos ministérios, mas assegurou que orientou a Secretaria de Segurança Pública a respeitar o direito de manifestação.

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