O governo federal fechou o mês de março com as contas no vermelho, registrando um déficit de 1,5 bilhão de reais, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (29), pelo Tesouro Nacional. Essa situação abrange não apenas o governo federal, mas também as contas do Banco Central e da Previdência Social, formando o conjunto conhecido como “governo central”.
Embora o primeiro trimestre do ano tenha apresentado um superávit de 19,4 bilhões de reais, o acumulado dos últimos doze meses revela um déficit de 247,4 bilhões de reais, equivalente a 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta fiscal estabelecida pelo Executivo para este ano é de déficit zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB em déficit.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, expressou confiança na possibilidade de atingir a meta fiscal para 2024 e os anos subsequentes. Ele observou que o país está se aproximando das metas estabelecidas e que é necessário monitorar os acontecimentos nos meses de abril e maio.
Recentemente, o governo federal anunciou a mudança das metas fiscais a partir de 2025, desistindo de buscar o superávit primário no próximo ano e adiando esse objetivo para 2026. De acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil só deverá ter um saldo positivo nas contas públicas em 2027, após o término do mandato de Lula.
Apesar do resultado negativo em março, o desempenho das contas públicas foi o melhor para o mês desde 2021, quando foi registrado um superávit de 2,4 bilhões de reais. O déficit deste ano foi menor que o do mês anterior, com um saldo negativo de 58,4 bilhões de reais em fevereiro.
O déficit em março ocorreu apesar do aumento na arrecadação federal, que atingiu um recorde histórico de 190,5 bilhões de reais para o período. No entanto, o pagamento de 28,2 bilhões de reais em estoque de precatórios teve um impacto significativo no resultado do mês.
Os gastos com a Previdência Social foram responsáveis pelo déficit de 21,5 bilhões de reais no mês, enquanto o Banco Central registrou um resultado negativo de 17 milhões de reais. Por outro lado, o Tesouro Nacional apresentou um superávit de 20,2 bilhões de reais.
Segundo o Ministério da Fazenda, ajustada pela inflação, as despesas em março cresceram 4,3% em relação ao mesmo mês de 2023, enquanto a receita líquida aumentou 8,3%.
O FMI ao projetar para somente em 2027, após o término do mandato do Lula, um saldo positivo para o Brasil, deixa claro que problema do Brasil chama-se Lula. Uma vez longe do governo, e o Brasil na mão de um governo competente, acende-se a esperança por dias melhores. Mas o Brasil vai aguentar até 2027?