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domingo, 22 dezembro, 2024
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Câmara cassa homenagem de Lula a Bashar al-Assad após queda do ditador sírio

Por Alexandre Gomes

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados cassou, nesta quarta-feira (11), a Ordem do Cruzeiro do Sul concedida em 2010 ao agora deposto ditador da Síria, Bashar al-Assad. A comenda, a mais alta honraria brasileira para estrangeiros, foi atribuída a Assad pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um gesto que, à época, gerou críticas devido ao histórico de repressão do regime sírio.

Assad, deposto por forças rebeldes no último domingo (8), governou a Síria por 24 anos com uma política marcada por graves violações de direitos humanos, incluindo ataques com armas químicas, tortura sistemática e massacres de civis. O conflito na Síria resultou em mais de 220 mil mortes, a maioria de civis, sob seu comando.

Questionamentos ao governo Lula

A decisão de Lula, em 2010, de condecorar Assad levanta dúvidas sobre os critérios adotados para homenagear chefes de Estado. A Ordem do Cruzeiro do Sul é destinada a líderes estrangeiros que demonstrem “nobreza, honra e caráter”, valores que Assad, posteriormente apelidado de “carniceiro de Damasco”, claramente não incorporou.

Críticos acusam o governo de Lula de uma política externa pautada por alianças com regimes autoritários, que vão de Hugo Chávez, na Venezuela, a Muammar Gaddafi, na Líbia, e Mahmoud Ahmadinejad, no Irã. A condecoração a Assad é um exemplo simbólico dessa abordagem, agora amplamente repudiada.

Câmara cassa homenagem de Lula a Bashar al-Assad após queda do ditador sírio

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados cassou, nesta quarta-feira (11), a Ordem do Cruzeiro do Sul concedida em 2010 ao agora deposto ditador da Síria, Bashar al-Assad. A comenda, a mais alta honraria brasileira para estrangeiros, foi atribuída a Assad pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um gesto que, à época, gerou críticas devido ao histórico de repressão do regime sírio.

Assad, deposto por forças rebeldes no último domingo (8), governou a Síria por 24 anos com uma política marcada por graves violações de direitos humanos, incluindo ataques com armas químicas, tortura sistemática e massacres de civis. O conflito na Síria resultou em mais de 220 mil mortes, a maioria de civis, sob seu comando.

Questionamentos ao governo Lula

A decisão de Lula, em 2010, de condecorar Assad levanta dúvidas sobre os critérios adotados para homenagear chefes de Estado. A Ordem do Cruzeiro do Sul é destinada a líderes estrangeiros que demonstrem “nobreza, honra e caráter”, valores que Assad, posteriormente apelidado de “carniceiro de Damasco”, claramente não incorporou.

Críticos acusam o governo de Lula de uma política externa pautada por alianças com regimes autoritários, que vão de Hugo Chávez, na Venezuela, a Muammar Gaddafi, na Líbia, e Mahmoud Ahmadinejad, no Irã. A condecoração a Assad é um exemplo simbólico dessa abordagem, agora amplamente repudiada.

Um erro corrigido

Com a cassação da homenagem, o Brasil dá um passo para se distanciar de um legado de decisões controversas na política externa, que enfraqueceram a imagem do país como defensor dos direitos humanos e da democracia. No entanto, a necessidade de revisar outras honrarias e alianças ainda persiste, exigindo um olhar crítico sobre a história recente e os valores que guiarão as futuras relações internacionais.

Com a cassação da homenagem, o Brasil dá um passo para se distanciar de um legado de decisões controversas na política externa, que enfraqueceram a imagem do país como defensor dos direitos humanos e da democracia. No entanto, a necessidade de revisar outras honrarias e alianças ainda persiste, exigindo um olhar crítico sobre a história recente e os valores que guiarão as futuras relações internacionais.

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