Maduro ignora cobrança de dívida bilionária e deixa prejuízo com o contribuinte brasileiro
O regime de Nicolás Maduro, aliado político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está dando um calote bilionário no Brasil. O governo da Venezuela acumula uma dívida de mais de US$ 1,7 bilhão — cerca de R$ 10 bilhões — referente a financiamentos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras de infraestrutura executadas por empresas brasileiras no país vizinho, conforme matéria do Diário do Poder.
A dívida é resultado de empréstimos concedidos durante os governos Lula e Hugo Chávez, com o discurso de promover a “integração regional”. O problema é que a conta, agora, ficou para o contribuinte brasileiro. Como Caracas parou de pagar, quem vem cobrindo o rombo é o Tesouro Nacional, por meio do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) — mecanismo que deveria proteger empresas brasileiras contra inadimplência externa.
Negociações congeladas
Apesar de tentativas diplomáticas, a Venezuela tem ignorado os pedidos de pagamento, e as tratativas estão praticamente paralisadas. A dívida inclui valores principais, juros e multas por inadimplência, acumulados nos últimos anos.
Entre os projetos financiados estão a expansão da Siderúrgica Nacional venezuelana e obras de infraestrutura urbana e industrial. As empreiteiras brasileiras envolvidas receberam os recursos do BNDES, mas a inadimplência venezuelana forçou a União a honrar as garantias. Na prática, é o Brasil quem está pagando a conta do calote bolivariano.
Críticas ao uso do BNDES
O caso reacende o debate sobre o uso de recursos públicos para financiar obras no exterior, muitas vezes em países governados por regimes autoritários e com alto risco de inadimplência. Críticos apontam que os financiamentos foram feitos sem garantias reais de retorno e com forte viés político.
O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição, classificou o calote como “mais uma herança maldita da diplomacia ideológica do PT”, e cobrou maior transparência sobre os contratos e os valores já pagos pelo Tesouro.
“Enquanto o brasileiro enfrenta fila no SUS e caos na infraestrutura, o governo banca ditadores que sequer atendem nossos pedidos de pagamento”, afirmou um parlamentar da oposição.
Relação pessoal e política
A relação entre Lula e Maduro tem sido marcada por elogios e apoio público. Em diversas ocasiões, o presidente brasileiro evitou classificar Maduro como ditador, e em sua visita ao Brasil em 2023, o venezuelano foi recebido com honras por Lula no Palácio do Planalto. O gesto foi criticado por congressistas e lideranças democráticas da região.
Apesar da inadimplência, o governo brasileiro tem evitado endurecer o tom com Caracas, apostando em “soluções diplomáticas” que até agora não deram resultado.
Enquanto isso, o contribuinte brasileiro segue arcando com os prejuízos de uma aliança que não deu retorno.