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sábado, 5 julho, 2025
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Bolsonaro : “Se vocês me derem 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil”

Por Alexandre Gomes

Durante a manifestação “Justiça Já”, realizada neste domingo (29) na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um discurso firme, no qual reforçou sua liderança política, mesmo fora do cargo e atualmente inelegível. Diante de milhares de apoiadores, parlamentares e lideranças da direita, Bolsonaro disse que o destino do Brasil pode ser mudado com maioria no Congresso Nacional.

“Se vocês me derem, por ocasião das eleições do ano que vem, 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil”, afirmou o ex-presidente, sob aplausos da multidão.

“Não tenho obsessão pelo poder”

Bolsonaro deixou claro que não precisa estar na Presidência da República para influenciar os rumos do país. Como presidente de honra do PL, ele se propõe a liderar a construção de uma maioria conservadora no Legislativo.

“Nem eu preciso ser presidente. Se o PL tiver maioria, a gente muda os rumos do país, sem revanchismo, mas com amor à pátria”, declarou.
“Não quero isso para perseguir ninguém, mas sim para garantir um Brasil livre e soberano.”

Com metade do Congresso, explicou Bolsonaro, será possível eleger os presidentes da Câmara e do Senado, presidir as principais comissões e indicar nomes para agências reguladoras e o Banco Central.

O ex-presidente pediu que o povo se mobilize para eleger deputados e senadores verdadeiramente comprometidos com os valores da direita. Ele foi acompanhado de aliados como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a deputada federal Bia Kicis (PL-DF).

“Vamos nos preocupar com as eleições do ano que vem. Vamos mudar o destino do Brasil”, disse Bolsonaro, em tom de convocação.

Anistia e pacificação nacional

Um dos momentos mais marcantes do discurso foi a defesa da anistia aos presos do 8 de janeiro, que, segundo Bolsonaro, é “um remédio constitucional”.

“Isso não é justiça, é vingança. Quem quebrou, que pague. Mas quem só rezou, filmou ou se manifestou pacificamente, não pode continuar preso. Isso é tortura institucional”, afirmou.
“A anistia é um gesto de pacificação. Um gesto de grandeza que o Brasil precisa.”

Bolsonaro também rebateu a tese de golpe, dizendo que não havia armas, nem apoio das Forças Armadas ou instituições.

Elogios a Carlos Bolsonaro

O ex-presidente fez questão de elogiar o filho Carlos Bolsonaro, vereador do Rio, por sua atuação na campanha de 2018:

“Ele foi o cérebro. Foi o marqueteiro que me colocou na Presidência”, reconheceu.

Sobre as eleições de 2022, Bolsonaro voltou a questionar a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE):

“A mão pesada do TSE se fez valer na balança. Falam em golpe, mas o verdadeiro golpe foi tirar um presidente da cadeia para colocá-lo no poder.”

“Jamais passaria a faixa para um ladrão”

Na parte final de seu discurso, Bolsonaro justificou por que não passou a faixa presidencial a Lula:

“Fiz a transição de forma pacífica, elogiada até pelo vice Alckmin. Mas jamais passaria a faixa presidencial para um ladrão.”

Mesmo inelegível, Bolsonaro mostrou na Avenida Paulista que segue como principal liderança da direita no Brasil. O ex-presidente pediu foco no Legislativo, sinalizando uma nova estratégia de ação política:

“Com o povo, com o Congresso, com Deus acima de tudo, nós vamos devolver o Brasil aos brasileiros.”

A manifestação representou uma demonstração de força da base conservadora e a manutenção viva do projeto político bolsonarista, com olhos voltados para 2026.

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