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segunda-feira, 31 março, 2025
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Bolsonaro rebate Lula e nega plano de assassinato: “Só um imbecil ou um canalha compra esse papo”

Por Alexandre Gomes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu duramente, na quinta-feira (27), as declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua visita ao Japão, nas quais Lula mencionou um suposto plano para assassiná-lo em 2022. Em postagem no X (antigo Twitter), Bolsonaro classificou a acusação como “cortina de fumaça” para desviar o foco das dificuldades enfrentadas pelo atual governo.

“Só um imbecil ou um canalha compra esse papo de plano de assassinato”, escreveu Bolsonaro. “A única pessoa que tentaram matar fui eu, em uma ação de antigo militante do Psol, seu braço político de primeira hora.”

A publicação faz referência ao atentado de 2018, quando Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio Bispo durante a campanha eleitoral. O agressor, segundo o ex-presidente, tinha ligação com o Psol, partido que já integrou a base de apoio do PT.

Na mesma postagem, Bolsonaro compartilhou uma manchete da Revista Oeste, destacando as falas de Lula. Ele acusou o atual governo de promover “cortinas de fumaça diárias” para esconder o que chamou de “pior governo da história”, comparando os indicadores econômicos atuais à gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.

As declarações de Lula no Japão

Na quarta-feira (26), durante coletiva de imprensa no Japão, Lula afirmou que há provas de que Bolsonaro participou de uma tentativa de golpe de Estado e de um suposto plano para assassinar ele próprio, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o então presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.

“É visível por todas as provas que o ex-presidente tentou dar um golpe”, disse Lula. “Ele tentou contribuir para o meu assassinato, para o assassinato do vice-presidente e para o assassinato do ex-presidente da Justiça Eleitoral brasileira.”

As acusações têm como base a operação da Polícia Federal conhecida como “Punhal Verde-Amarelo”, que investiga alegações de conspiração golpista. Até o momento, não há provas públicas que vinculem diretamente Bolsonaro a qualquer plano de atentado.

Reações e críticas

Bolsonaro também criticou o governo por, segundo ele, recorrer a acusações sem fundamento para desviar a atenção da crise econômica. Ele reforçou que jamais pediu anistia por qualquer ação, em resposta à fala de Lula de que pedir anistia antes do julgamento seria um sinal de culpa.

“Não adianta contar histórias. As que têm sido apresentadas são ingênuas ou fantasiosas. Se realmente acreditassem na democracia que dizem defender, me enfrentariam no voto, não no tapetão”, afirmou o ex-presidente.

Contexto político

A troca de acusações ocorre em meio à intensificação das investigações da Polícia Federal, que apuram suposta tentativa de golpe por parte do entorno de Bolsonaro após as eleições de 2022. O julgamento da denúncia está em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), e poderá definir o futuro político do ex-presidente.

Enquanto isso, Bolsonaro segue afirmando que é alvo de perseguição política e jurídica, e continua mobilizando sua base com discursos em eventos públicos e nas redes sociais. Já o governo Lula tenta reforçar sua autoridade institucional diante das acusações de setores da oposição.

A tensão entre os dois líderes reflete a polarização ainda presente no país, e indica que o embate político entre eles deve continuar até, e possivelmente além, das eleições de 2026.

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