O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ocupar o centro do debate político neste sábado (28) ao responder de forma sarcástica a mais um ataque do presidente Lula (PT). Usando sua conta na rede social X (antigo Twitter), Bolsonaro ironizou a obsessão do petista em citá-lo constantemente em eventos e discursos públicos:
“Lula, pare de me cantar todos os dias. Nada do que você tem a oferecer me interessa.”
A frase viralizou entre apoiadores nas redes, que interpretaram a fala como uma crítica bem-humorada, mas contundente, à insistência de Lula em manter Bolsonaro como foco de sua retórica política — mesmo após um ano e meio de mandato.
Críticas à saúde mental e desgaste da imagem de Lula
Sem poupar palavras, Bolsonaro ainda sugeriu que Lula possa estar mentalmente instável, afirmando que:
“Qualquer ser humano de bom senso desconfia da sua saúde mental!”.
O ex-presidente também fez uma alfinetada indireta à primeira-dama, Janja Lula da Silva, insinuando que até ela estaria cansada da fixação de Lula em falar sobre seu antecessor:
“Nem sua parceira deve aguentar mais meu nome na sua boca!”
Lula insiste em atacar Bolsonaro mesmo com país em crise
As declarações de Bolsonaro ocorrem após Lula, durante agenda em Araguatins (TO), ter mais uma vez direcionado críticas ao ex-presidente, dizendo que passou os últimos anos “consertando dois anos de desgraceira”. Na ocasião, o petista voltou a culpar Bolsonaro pela paralisação de obras e pelo suposto abandono de programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida.
“Eu encontrei 87.000 casas do Minha Casa, Minha Vida paralisadas. […] Eu penso: para o que presta aquele presidente?”, disse Lula, em tom provocativo.
A fala gerou reação imediata nas redes sociais, com internautas lembrando que boa parte das paralisações ocorreram ainda nos governos petistas anteriores, e que a retomada de obras não depende apenas de vontade política, mas de orçamento e legalidade.
Bolsonaro mantém tom firme e reforça papel como líder da oposição
Mesmo enfrentando processos e perseguições políticas, Bolsonaro segue ativo e influente, liderando as redes sociais e mantendo uma base engajada que cobra resultados do atual governo.
Ao adotar o tom sarcástico e provocador, Bolsonaro mostra que continua incomodando o Planalto, especialmente em um momento em que o governo Lula enfrenta derrotas no Congresso, baixa popularidade e crescente desconfiança na condução da economia.
O contraste de lideranças
Enquanto Lula insiste em atacar o passado para justificar os problemas do presente, Bolsonaro mantém o foco na liberdade econômica, valores conservadores, combate ao aumento de impostos e crítica à judicialização da política — temas que continuam mobilizando milhões de brasileiros.
A publicação deste sábado reforça um ponto central na disputa de narrativas: Lula precisa de Bolsonaro como alvo, mas Bolsonaro não precisa de Lula para seguir como líder da oposição.
