O ex-presidente Jair Bolsonaro fez uma grave acusação contra a atual administração de Luiz Inácio Lula da Silva, alegando que o governo atual tem adotado uma política de sigilo extremo. Em uma postagem recente, Bolsonaro destacou que a gestão Lula já impôs mais de 1.339 sigilos de 100 anos desde o início de seu mandato.
Entre as informações que estão sob sigilo, destacam-se:
- Presentes e Gastos de Janja: O governo Lula colocou sob sigilo os detalhes sobre presentes recebidos e gastos de sua esposa, Rosângela “Janja” da Silva, durante suas viagens. Segundo uma reportagem de O Tempo (30/10/2023), essas informações não estão mais disponíveis ao público.
- Dados dos Yanomami: Em fevereiro, diante do aumento das mortes entre os indígenas Yanomami, a divulgação de dados sobre a crise foi abruptamente interrompida. A reportagem do METRÓPOLES (19/07/2024) revela que o governo não está mais fornecendo essas informações cruciais.
- Custos de Viagens Internacionais: Um sigilo milionário foi imposto sobre os custos de viagens internacionais do governo. De acordo com uma publicação do BNews (19/04/2024), os detalhes financeiros dessas viagens estão restritos ao público.
- Servidores em Hotel de Luxo: A lista de servidores que se hospedaram em um hotel de luxo na Inglaterra em 2023 também foi colocada sob sigilo. O Antagonista (19/04/2024) relatou que esses dados não estão mais acessíveis.
- Documentos de Ministros: Recentemente, o governo também decidiu impor um sigilo de 100 anos sobre documentos contendo dados sobre ministros. OGlobo (18/07/2024) informou que esses documentos estão agora inacessíveis ao público.
A imposição de sigilo de 100 anos é uma medida prevista pela Lei de Acesso à Informação (LAI), que foi sancionada durante o governo Dilma Rousseff em 2011 e é uma herança do governo Lula. Bolsonaro critica o uso extensivo desta lei para encobrir informações que, segundo ele, deveriam ser transparentes.
A discussão sobre o uso de sigilos extremos tem gerado um intenso debate sobre a transparência e a responsabilidade do governo federal, com críticos argumentando que tais medidas são uma forma de evitar a fiscalização pública e proteger a administração de questionamentos indesejados.