O ex-presidente Jair Bolsonaro usou suas redes sociais para criticar o projeto de lei que busca a legalização dos jogos de azar no Brasil, previsto para votação no Senado ainda neste mês. Em sua publicação, Bolsonaro destacou os riscos sociais e econômicos que a liberação pode trazer, especialmente para as famílias brasileiras, e fez um apelo aos parlamentares para rejeitarem a proposta.
“Uma pandemia de crack”
Bolsonaro comparou os efeitos colaterais da legalização dos jogos a uma “pandemia de crack”, alertando para os possíveis danos à estrutura social do país. Segundo ele, o estímulo à jogatina como uma estratégia para equilibrar as contas públicas é um caminho perigoso e injustificável.
“Não é razoável um governo gastador buscar equilibrar seu orçamento estimulando a jogatina. Os males que virão, como efeito colateral dessa liberação, equivalem a uma pandemia de crack”, escreveu o ex-presidente.
Bolsonaro também criticou o impacto financeiro dessa prática, apontando que, somente entre os beneficiários do Bolsa Família, o gasto estimado com jogos ultrapassa os R$ 3 bilhões mensais.
Defesa das famílias brasileiras
O ex-presidente reiterou seu compromisso com valores familiares e afirmou que a proposta, caso aprovada, poderá agravar problemas sociais como o endividamento, a dependência em jogos de azar e o enfraquecimento das famílias.
“Espero que os senadores rejeitem esse projeto pelo bem das nossas famílias”, completou Bolsonaro, reforçando a necessidade de políticas públicas que fortaleçam o núcleo familiar e protejam os mais vulneráveis.
A crítica também reflete uma oposição direta ao governo Lula (PT), que tem adotado políticas de ampliação de arrecadação para enfrentar os desafios fiscais do país. Bolsonaro, que durante seu mandato manteve uma posição firme contra a legalização dos jogos de azar, argumenta que existem alternativas mais éticas e responsáveis para equilibrar o orçamento público.
A publicação do ex-presidente recebeu apoio de aliados políticos e da população, que compartilham suas preocupações quanto aos impactos da medida. Parlamentares da base conservadora no Senado também se manifestaram contra o projeto, prometendo articulação para barrar a proposta.
A postura de Bolsonaro reforça sua imagem de defensor dos valores tradicionais e de políticas que priorizem o bem-estar das famílias, o que pode fortalecer ainda mais seu papel de liderança na oposição ao atual governo.
Enquanto o Senado se prepara para debater o tema, a crítica de Bolsonaro traz à tona uma discussão necessária sobre os impactos sociais e econômicos da legalização dos jogos.
Para ele e seus apoiadores, a prioridade deve ser proteger as famílias e buscar soluções responsáveis para o equilíbrio fiscal, sem recorrer a medidas que possam colocar em risco o tecido social do país.