Neste sábado (28), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu à decisão do Ministério da Justiça de modificar as classificações indicativas das séries Chaves e Chapolin, exibidas pelo SBT. Em suas redes sociais, Bolsonaro fez uma ironia sobre a medida e defendeu o valor dessas produções como entretenimento familiar e educativo.
“Uma série onde os vilões se dão mal e as crianças são espontâneas. Entendeu?” escreveu Bolsonaro, ressaltando a simplicidade e a moralidade das histórias, que marcaram gerações no Brasil.
Alterações nas classificações indicativas
Anteriormente classificadas como “livres para todos os públicos”, as séries tiveram suas classificações revistas. O Ministério da Justiça classificou Chaves como “não recomendado para menores de 10 anos”, devido à presença de “drogas lícitas” e “violência fantasiosa”. Já Chapolin foi classificado como “não recomendado para menores de 12 anos”, por conta de “violência” e “drogas lícitas”.
Essas mudanças foram formalizadas nas portarias publicadas no Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira (27). Com a nova classificação, a recomendação é que Chapolin seja exibido apenas após as 20h na TV aberta, embora o programa já seja transmitido às 22h, enquanto Chaves vai ao ar às 20h45.
Defesa da cultura popular
Bolsonaro, que já expressou publicamente seu apreço por Chaves, aproveitou para reforçar a importância das séries na cultura popular brasileira. Ele destacou que ambas as produções promovem valores positivos como amizade, humor simples e lições morais, e criticou a tentativa de “censurar” conteúdos amplamente aceitos pelas famílias brasileiras.
“Chaves é um programa que marcou gerações com lições de simplicidade e humor leve. Alterar sua classificação é desnecessário e desconectado da realidade,” afirmou o ex-presidente em outra declaração.
Impacto na audiência e reação popular
A alteração das classificações gerou polêmica entre os fãs das séries e defensores de uma política cultural mais inclusiva e alinhada às tradições brasileiras. Nas redes sociais, muitos internautas criticaram a decisão, argumentando que as produções são inofensivas e fazem parte da memória afetiva de milhões de brasileiros.
Para muitos, a mudança nas classificações de Chaves e Chapolin é exagerada e desconsidera o caráter lúdico e educativo das séries. Ao se manifestar, Bolsonaro refletiu o sentimento de uma parte significativa da população, reafirmando seu compromisso com a defesa da cultura popular e das tradições brasileiras.