O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou suas redes sociais para criticar o presidente francês Emmanuel Macron e o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em meio a um boicote promovido por empresas francesas, incluindo o Carrefour, contra o agronegócio brasileiro. Bolsonaro reforçou sua posição em defesa da soberania nacional e acusou o governo Lula de “submissão globalista” frente a pressões internacionais.
Na publicação, Bolsonaro recordou as tensões de seu governo com Macron, acusando-o de utilizar o discurso ambiental como fachada para interesses econômicos que visam enfraquecer a competitividade brasileira no agronegócio. Ele destacou que a França, ao liderar iniciativas como o boicote, busca “barrar a competitividade brasileira e difamar nosso agronegócio”.
O ex-presidente também aproveitou para criticar Lula pela falta de uma postura firme em defesa do setor:
“Hoje, lamentavelmente, enquanto Macron apoia e aplaude o boicote e a propagação de mentiras contra nossos produtos, Lula se cala para não desagradar seu amigo francês.”
Bolsonaro ainda condenou as chamadas agendas “woke” e ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança), classificando-as como imposições externas prejudiciais ao Brasil. Ele reafirmou seu compromisso com um Brasil soberano e forte:
“Sempre enfrentamos e sempre iremos enfrentar todos esses ataques com firmeza, protegendo nosso agronegócio e nossa soberania das narrativas e ataques daqueles que temem um Brasil forte e independente.”
O boicote das empresas francesas, liderado por preocupações relacionadas ao desmatamento e às emissões de carbono associadas à produção agropecuária brasileira, reacendeu o debate sobre o papel do Brasil no mercado global de alimentos. O setor do agronegócio, que representa uma parcela significativa da economia nacional, tem sido alvo de críticas internacionais, principalmente em relação às práticas ambientais na Amazônia.
A relação entre Lula e Macron tem sido marcada por um tom mais conciliatório em comparação à postura do governo Bolsonaro. Contudo, a aparente ausência de uma resposta firme por parte do atual governo frente ao boicote gerou críticas de setores conservadores e do agronegócio.
A declaração de Bolsonaro reflete sua estratégia de consolidar apoio entre produtores rurais e eleitores alinhados à defesa da soberania nacional. Ao criticar Lula por “viralatismo” e falta de ação, o ex-presidente reforça a narrativa de que seu governo adotava uma postura mais assertiva em defesa dos interesses nacionais, enquanto acusa o atual governo de ser submisso às pressões internacionais.