Um dos mais conhecidos empresários do agronegócio, com histórico de amizade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez uma avaliação devastadora sobre o atual governo.
Em declaração à coluna Radar, da Veja, ele afirmou que o petista perdeu a capacidade de liderar o país e que o melhor seria que o mandato “terminasse logo”.
“O empresário está desanimado. O governo acabou. No fundo, é melhor que esse mandato do Lula termine logo”, relatou a coluna, ecoando a fala da fonte próxima ao presidente.
O alerta não veio de um adversário político ou de algum bolsonarista engajado — mas sim de alguém do círculo de confiança de Lula, com trajetória no setor produtivo e vínculos pessoais com o petista.
A avaliação desse empresário reflete o crescente desânimo da elite econômica diante do que classificam como paralisia administrativa, falta de diálogo com o Congresso e envolvimento do governo em escândalos como o do INSS.
Críticas à condução política e econômica
A crítica mais direta recai sobre a incapacidade do governo de pautar votações relevantes no Legislativo e de oferecer respostas eficazes à crise política:
“Lula não tem mais capacidade de virar esse jogo”, disse o empresário, segundo Radar.
“O governo caiu na mesmice. São os velhos erros de sempre reforçados por decisões desastrosas, como abrigar uma ex-primeira-dama do Peru que fugiu de uma fiscalização por corrupção.”
Além da política externa polêmica, o cenário econômico foi outro ponto central da análise negativa. A manutenção dos juros elevados, a falta de previsibilidade nas decisões econômicas e o ambiente de instabilidade jurídica seriam fatores que afastam investimentos e travam o crescimento.
“Os juros nas alturas. Não dá para apostar em nada nesse momento. É só sobreviver, mantendo a operação, mas com pouca esperança na travessia”, lamentou o empresário, conforme relata a coluna.
Isolamento político e crise de confiança
A crítica também aponta para o isolamento progressivo de Lula, mesmo entre antigos aliados. O escândalo bilionário do INSS, que expôs a fragilidade da máquina pública, e o envolvimento de nomes próximos — como o próprio irmão do presidente, Frei Chico — acentuaram o desgaste.
Para muitos no setor produtivo, Lula não só perdeu a narrativa, mas também o controle institucional necessário para fazer o país avançar.
A frase “o governo acabou” resume um sentimento que tem ganhado corpo em setores do empresariado que, em outros tempos, foram defensores ativos do projeto petista.