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quinta-feira, 18 dezembro, 2025
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BC diz não ter registro de atuação de Viviane Barci no Banco Master, apesar de contrato prever interlocução

Por Alexandre Gomes

Resposta via Lei de Acesso aponta ausência de movimentações durante vigência do acordo

O Banco Central (BC) informou não ter encontrado qualquer registro de movimentação, visita ou atuação institucional atribuída à advogada Viviane Barci de Moraes — esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) — no período de janeiro de 2024 até a data atual, intervalo que coincide com a vigência do contrato firmado entre seu escritório e o Banco Master.

A informação consta em resposta obtida por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). O contrato previa participação direta do escritório em frentes relacionadas a Banco Central, Cade, Receita Federal e PGFN, com foco em estratégias institucionais, consultivas e contenciosas.

Cade também afirma não localizar encontros ou visitas

Além do BC, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também declarou não ter localizado registros de reuniões ou visitas relacionadas à advogada ou a representantes do escritório, inclusive no contexto do processo envolvendo a operação de venda do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB).

O contraste entre o escopo previsto no acordo e a ausência de registros em dois órgãos centrais do caso ampliou questionamentos sobre como se deu a execução prática do contrato, e por quais canais o trabalho teria sido realizado.

Contrato previa valores milionários e atuação em núcleos estratégicos

O acordo estabelecia pagamentos de R$ 3,6 milhões por mês, pelo período de três anos, com potencial de chegar a R$ 129 milhões até o início de 2027. A contratação envolvia a estruturação de “núcleos” de atuação voltados a diferentes frentes do poder público, conforme descrição do próprio documento contratual.

O escritório citado reúne também dois filhos do casal na equipe jurídica.

Contexto: compra do Master pelo BRB e atuação do BC

O episódio ocorre no rastro da operação de compra do Master pelo BRB. O Cade aprovou a transação, mas o Banco Central rejeitou o negócio em setembro. Segundo informações de autoridades ligadas à investigação, o BC teria identificado indícios de irregularidades e encaminhado elementos ao Ministério Público, incluindo suspeitas de fraudes contábeis relacionadas a operações de cessão de crédito.

A apuração aponta que o caso pode ter gerado perdas bilionárias e se tornou um dos focos centrais de escrutínio sobre a condução do Banco Master e suas operações com o BRB.

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