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segunda-feira, 25 novembro, 2024
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Batalha pelo poder: Deputados se preparam para ‘carnificina eleitoral’ nas eleições municipais

Por Alexandre G.

Deputados federais têm uma oportunidade ímpar durante o “superferiadão” que sucede a Páscoa para fortalecer seus apoios políticos visando às eleições municipais de 6 de outubro, próximas ao fechamento de prazos cruciais estabelecidos pelo calendário da justiça eleitoral. Embora não estejam concorrendo diretamente em 2024, alguns deputados planejam disputar cargos de prefeito, enquanto outros estão mobilizando seus aliados em suas bases, consolidando assim seus apoios para as eleições de 2026.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a um acordo com líderes partidários na Casa para estender o feriado da Semana Santa até 8 de abril. Dois dias antes, em 6 de abril, é o prazo final estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para mudança de domicílio eleitoral de candidatos e para filiação ao partido pelo qual pretendem concorrer. Este prazo marca também seis meses exatos antes do dia da votação, que é a data final para o registro dos estatutos dos partidos e federações partidárias que estarão nas eleições.

Outro marco eleitoral importante se aproxima: em 5 de abril termina a chamada “janela partidária”, período em que vereadores podem trocar de partido sem perder o mandato. Por ser uma eleição municipal, esta janela partidária se aplica apenas aos vereadores, não aos deputados. Prefeitos, por sua vez, podem mudar de partido a qualquer momento, já que seus mandatos estão vinculados ao eleito e não ao partido. Eles também não precisam renunciar caso concorram à reeleição, exigindo renúncia apenas no caso de candidatura ao cargo de vereador.

Para o analista Juan Carlos Gonçalves, diretor do Ranking dos Políticos, é natural que os deputados fortaleçam seus laços com suas bases nesse momento para manter contato com aqueles que serão seus principais apoiadores eleitorais em 2026, visto que prefeitos e vereadores acabam sendo os principais influenciadores nas eleições gerais.

Apostando no casal Bolsonaro como influência, o PL tem a meta de eleger 1.500 prefeitos. O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, tem expressado essa ambição em diversos eventos e entrevistas, destacando o crescimento do partido no Brasil e a influência dos parlamentares e do ex-presidente Bolsonaro para alcançar esse objetivo.

Já o PT, usando Lula como principal cabo eleitoral, busca ampliar o número de prefeituras pelo Brasil. Embora não tenha estabelecido uma meta oficial, o partido pretende ultrapassar os 227 prefeitos petistas eleitos em 2020, focando em capitais e cidades com grande eleitorado.

O PSD, sob comando de Gilberto Kassab, adotou uma estratégia de atrair prefeitos de outras siglas, tornando-se o partido com o maior número de prefeituras no país: 968, segundo o TSE. O partido mira um crescimento ainda maior em 2024.

Enquanto isso, o Republicanos busca eleger 300 prefeitos e 3.000 vereadores, e o União Brasil, embora não tenha estabelecido metas específicas, visa crescer e discutir alianças estratégicas para ampliar sua influência.

Embora cada partido tenha suas estratégias distintas, todos estão focados em consolidar apoios e fortalecer suas bases visando às eleições municipais de outubro.

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