O deputado Arthur Maia (União-BA), ex-presidente da CPMI do 8 de Janeiro, afirmou que a Câmara dos Deputados deve aprovar “algum formato” de anistia para os condenados pelos atos na Esplanada dos Ministérios. No entanto, ele acredita que a medida não será “ampla, geral e irrestrita”, limitando-se a determinados casos.
Em entrevista ao podcast Diário do Poder, Maia disse que não espera que a anistia permita que todos os envolvidos recuperem seus direitos políticos. O parlamentar destacou que o debate sobre o tema está em andamento e que há possibilidade de um acordo para aliviar as penas de parte dos condenados.
O deputado também declarou não ter convicção de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) exerceu um papel de liderança na tentativa de um golpe. Para ele, o principal fator que pesa contra Bolsonaro são suas críticas ao sistema eleitoral, que incluem questionamentos sobre as urnas eletrônicas, apesar de ter sido eleito por esse mesmo sistema em 2018.
A discussão sobre a anistia aos condenados do 8 de Janeiro tem movimentado o Congresso e dividido opiniões entre os parlamentares. Enquanto aliados de Bolsonaro defendem um perdão mais amplo, setores do governo e da oposição resistem a uma medida abrangente que beneficie todos os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes.