A mais recente pesquisa da Quaest aponta que a avaliação positiva do presidente Lula (PT) está em queda, enquanto a negativa voltou a crescer significativamente. O governo petista, que em julho registrava 54% de aprovação, agora caiu para 51%, enquanto a desaprovação subiu de 43% para 45%. Essa aproximação revela um desgaste preocupante para o presidente, especialmente diante das promessas não cumpridas e das críticas crescentes à gestão econômica e à corrupção.
Embora o programa social do governo ainda seja o principal pilar que mantém a popularidade de Lula, ele não tem sido suficiente para contrabalancear a insatisfação crescente em outras áreas. Problemas econômicos, como o aumento do custo de vida, falta de reformas estruturais e uma percepção generalizada de que o governo está atolado em escândalos, têm gerado frustração entre os eleitores.
A pesquisa também destaca o aumento da avaliação negativa em regiões estratégicas. No Sudeste, a desaprovação saltou de 48% para 53%, refletindo a insatisfação com a falta de respostas efetivas para os problemas da região mais populosa do país. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, a rejeição subiu de 42% para 46%, enquanto no Sul se manteve alta, com 53%. O único refúgio de Lula continua sendo o Nordeste, onde 69% ainda aprovam o governo, um número estável desde julho, mas que por si só não é capaz de reverter a insatisfação nacional.
A pesquisa mostra que, apesar de tentar sustentar seu governo com medidas populistas, o presidente está perdendo apoio em áreas cruciais. A crescente percepção de que seu governo não está entregando o que prometeu, associada ao aumento da percepção de corrupção e ineficiência, está corroendo a base de apoio de Lula, especialmente em regiões mais desenvolvidas economicamente. O cenário é preocupante para um governo que enfrenta desafios complexos e que, até o momento, parece incapaz de dar respostas satisfatórias.