A defesa do deputado André Janones apresentou ao Conselho de Ética da Câmara um pedido para o arquivamento do processo por quebra de decoro parlamentar. O motivo? Janones alega que o recolhimento de parte dos salários de seus servidores não era uma obrigação, mas sim “contribuições espontâneas”. Além disso, ele afirma ser vítima de uma “perseguição política” e solicita o encerramento da representação.
Em novembro, veio à tona um áudio de uma reunião entre Janones e seus assessores em 2019, durante seu primeiro mandato na Câmara. Na gravação, o deputado anuncia que reterá parte dos salários dos servidores para recuperar seu patrimônio, que teria sido “dilapidado” após as eleições de 2016, quando concorreu à prefeitura de Ituiutaba (MG).
Janones justifica o recolhimento dos salários, alegando a perda de bens significativos, como uma casa, um carro, uma poupança e uma previdência privada, durante sua campanha. Ele propôs até mesmo uma “vaquinha” entre seus assessores para arrecadar fundos para sua próxima campanha eleitoral.
Entretanto, o deputado nega as acusações de “rachadinha”, questionando a veracidade da gravação e afirmando que o grupo com o qual se encontrava não consistia em servidores, mas sim em “um grupo político”. Sua defesa tenta ainda vincular as denúncias à família Bolsonaro, sugerindo uma suposta perseguição política.
Além disso, a defesa argumenta que, segundo o Código de Ética da Câmara, o Conselho não poderia dar seguimento a processos referentes a atos praticados antes do mandato atual. O documento pleiteia o arquivamento da denúncia por falta de justa causa e tipicidade da conduta.
O Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), iniciou um inquérito para investigar “indícios da existência de um esquema de desvio de recursos públicos no gabinete” de Janones. O ministro Luiz Fux, relator do inquérito, determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do deputado. Janones está provando do seu próprio veneno. Cansou de acusar o clã Bolsonaro de tudo, inclusive por pratica de rachadinhas. Como todo bom membro da esquerda, ele acusa os seus adversários daquilo que ele mesmo faz.