O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, próximo do governo de Nicolás Maduro, lançou duras críticas neste sábado (26) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sugerindo que a ausência do líder brasileiro na recente Cúpula do BRICS, realizada entre 22 e 24 de outubro na Rússia, teria sido intencional. Saab afirmou que, segundo “fontes diretas e próximas do Brasil”, a suposta queda doméstica de Lula foi uma desculpa criada para evitar o evento.
Saab enfatizou que o rápido retorno de Lula à vida pública, aparentemente em boa forma, só reforça as suspeitas. “O rumor, que já circulava fortemente, parece ganhar credibilidade ao ver o presidente Lula sem sinais aparentes de recuperação”, argumentou o procurador.
Acusações de manobra política
Para Saab, a ausência de Lula no encontro foi um reflexo de “grande mal-estar na esquerda latino-americana” e teria contribuído para, segundo ele, “perpetuar o veto contra a Venezuela”, uma questão sensível em sua relação com o Brasil. Segundo o procurador, Lula estaria “obedientemente alinhado com as pressões dos adversários históricos da Venezuela” ao evitar um encontro público com Maduro e Vladimir Putin.
Em nota oficial, o Ministério Público venezuelano criticou duramente o que classificou como uma “agressão imoral e inexplicável” por parte do Brasil ao governo Maduro e à Revolução Bolivariana.