Ex-ministro de Lula e Dilma afirma que conferência esvaziada expõe perda de prestígio internacional do governo
O ex-ministro Aldo Rebelo, que integrou os governos Lula e Dilma, classificou a COP30, realizada em Belém (PA), como um “fiasco diplomático”. Em vídeo publicado nas redes sociais neste sábado (15), Rebelo ironizou a ausência de autoridades internacionais relevantes no evento.
“Por que o presidente dos Estados Unidos não mandou nem o porteiro da Casa Branca?”, perguntou.
“Os Brics e o Mercosul não apareceram por aqui. A conferência foi esvaziada.”
Segundo Aldo, a falta de líderes de países como Estados Unidos, Rússia, Argentina, Uruguai e Paraguai comprometeu o peso político da cúpula e expôs o enfraquecimento da agenda climática defendida pelo governo Lula.
“Não tinha nem gente para o coquetel organizado pela primeira-dama. Foi um fiasco político.”
O ex-ministro, que se filiou ao MDB em 2024 após décadas no PCdoB, afirmou que o esvaziamento internacional reduz a importância diplomática do evento e mostra que o debate ambiental brasileiro perdeu centralidade.
Aldo Rebelo critica manifestações: “Marcha financiada por ONGs estrangeiras”
Rebelo também atacou os grupos que protestaram nas ruas de Belém durante a COP. Ele acusou parte das mobilizações de serem financiadas por organizações estrangeiras.
“É a marcha da clientela de ONGs internacionais, de fundações dos EUA, Inglaterra, Suécia e Noruega.
Eles fazem o protesto e depois voltam para Paris, Barcelona e Milão. A Amazônia fica entregue ao seu destino.”
Aldo afirmou que o discurso ambiental repete promessas, mas ignora os indicadores sociais da região:
- Altas taxas de analfabetismo
- Falta de saneamento
- Doenças infecciosas persistentes
- Mortalidade infantil elevada
- Carência de infraestrutura básica
“A Amazônia segue com os mesmos problemas de sempre. Nada disso será resolvido depois que a COP30 acabar.”
