O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que mantém o compromisso de colocar em votação ainda em 2025 o PL da Dosimetria, projeto que reduz – mas não anula – as penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A proposta foi aprovada na Câmara e, segundo ele, é fruto de um acordo com líderes do Senado e com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), com o objetivo de “pacificar” o tema e construir um meio-termo aceitável tanto para a base governista quanto para a oposição.
Alcolumbre lembrou que foi um dos primeiros a defender uma revisão das penas, alegando que a dosimetria busca corrigir excessos sem promover anistia ampla. Ele pressiona por uma tramitação acelerada: quer que o texto seja enviado imediatamente à CCJ, relatado com rapidez e chegue ao plenário já na semana seguinte, com calendário definido para a apreciação.
A estratégia, porém, enfrenta resistência dentro do próprio Senado. Senadores da base governista, incluindo o presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), reclamam do pouco tempo para analisar uma matéria sensível e de forte impacto político. Para eles, o rito acelerado representa “desrespeito” ao trabalho da Casa e acende o alerta sobre decisões tomadas sob pressão e em prazo reduzido.
