Setores influentes do PT discutem a possível substituição de Fernando Haddad no comando do Ministério da Fazenda, diante de erros e desgastes acumulados em sua gestão. A proposta de Aloizio Mercadante de tributar as casas de apostas (Bets) para aumentar a arrecadação foi interpretada como um gesto ousado, segundo o jornalista Cláudio Humberto. Dentro do partido, cresce a avaliação de que antecipar a saída de Haddad pode ser benéfico, especialmente após sinais de que ele pretende disputar o Senado por São Paulo, caso Lula decida buscar a reeleição em 2026.
Ficou de fora
Mercadante chegou a ser cotado para assumir a Fazenda no início do governo, mas acabou preterido por Haddad, que teria articulado nos bastidores para garantir o ministério, deixando o MEC de lado.
Consolo de luxo
Apesar de barrado da Esplanada, Mercadante não ficou sem cargo: foi alocado na presidência do BNDES, um dos postos mais cobiçados do governo.
A turma do poder
A pressão por mudanças vem do grupo “Construindo um Novo Brasil”, a corrente majoritária do PT, liderada por nomes como José Dirceu, José Genoíno e o próprio presidente Lula.
Fim da linha?
Haddad, que costuma ser visto como uma figura mais independente dentro do PT, tem sido responsabilizado por desgastes políticos sofridos por Lula, principalmente devido à sua condução impopular na área econômica e aos pacotes de ajuste fiscal.