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sábado, 7 junho, 2025
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“A perseguição continua”, diz Bolsonaro

Por Alexandre Gomes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o que classificou como uma “perseguição política” nesta quinta-feira (5), após prestar depoimento à Polícia Federal, em Brasília, no âmbito da investigação que mira seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por suposta obstrução de Justiça e articulações contra autoridades brasileiras a partir dos Estados Unidos.

Em declaração à imprensa após sair da sede da PF, Bolsonaro foi direto:

“A perseguição continua.”

O ex-presidente fez um paralelo entre as acusações contra ele e Eduardo, e a atuação do PT no exterior enquanto Lula estava preso por corrupção. Segundo Bolsonaro, o partido “rodou o mundo” atacando o sistema judicial brasileiro, numa ofensiva muito mais agressiva que qualquer fala ou ação de Eduardo no exterior.

“O que meu filho faz nos Estados Unidos — muito pior foi feito, se é que foi feito alguma coisa errada agora — no passado, quando o Lula estava preso. O PT denunciou a Justiça como parcial. Não tem nada a ver o que o Lula sofreu no passado com as acusações que eu estou sofrendo agora. É uma perseguição”, declarou.

Doação de R$ 2 milhões

Bolsonaro também confirmou à imprensa que doou R$ 2 milhões a Eduardo Bolsonaro, que atualmente reside nos Estados Unidos com a esposa e os filhos. A doação foi feita com recursos recebidos via PIX por apoiadores e simpatizantes após a eleição de 2022.

“Lá atrás eu não fiz campanha, mas foi depositado na minha conta R$ 17 milhões. Eu botei R$ 2 milhões na conta dele. Lá fora tudo é mais caro, eu tenho dois netos, ele está lá fora e eu não quero que ele passe por dificuldades. É muito? É bastante dinheiro, mas nos Estados Unidos pode ser nem tanto. Eu quero o bem-estar dele e graças a Deus eu tive como depositar esse dinheiro”, afirmou Bolsonaro, ao lado do advogado Paulo Cunha Bueno.

PGR quer investigar Eduardo Bolsonaro por atuação nos EUA

A declaração ocorre dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito contra Eduardo Bolsonaro. O motivo seria a suposta atuação do deputado nos EUA em articulações contra autoridades brasileiras, incluindo críticas públicas a decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A investigação teria como base o uso de redes sociais e eventos políticos no exterior onde Eduardo teria exposto o que chamou de “censura” e “autoritarismo judicial” no Brasil, o que a PGR entende como possível tentativa de pressionar ou descredibilizar o Judiciário.

Mais uma frente de pressão contra a oposição

A nova ofensiva contra a família Bolsonaro, somada às ações já em curso envolvendo o ex-presidente, reforça o clima de tensão política no país. O campo conservador denuncia uso político das instituições, enquanto apoiadores de Lula e setores da esquerda veem as apurações como resposta institucional a possíveis desvios de conduta.

Para aliados de Bolsonaro, no entanto, a perseguição judicial a ele e seus familiares virou ferramenta recorrente do atual governo e de setores do Judiciário.

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