Sei que a justiça divina pode até tardar, mas não falhará
Vocês conhecem a história de Susana? Ela era uma mulher bela e virtuosa, casada com um homem de grande riqueza e respeito. Sua narrativa está registrada no capítulo 13 do livro de Daniel*. Devido ao seu prestígio, o marido de Susana recebia muitos visitantes em sua casa, que vinham em busca de seus conselhos.
Naquela época, dois homens ímpios foram nomeados juízes. Esses homens, atraídos pela beleza de Susana, passaram a cobiçá-la, sem que soubessem das intenções um do outro.
A trama se desenrola até que, cientes das intenções um do outro, os juízes tentam forçar Susana a se entregar a eles no jardim de sua própria casa. Quando ela se recusa, os homens ameaçam denunciá-la, alegando que a viram cometendo adultério com um jovem – que, na verdade, não existia – no mesmo jardim onde estavam escondidos.
Pressionada, Susana é ameaçada de ser denunciada às autoridades, o que levaria à sua execução. Contudo, ela prefere a morte a pecar contra Deus.
Ao final da história, a falsidade dos juízes é revelada, pois Deus usou Daniel, que, com sabedoria e autoridade, desmascarou a mentira deles e livrou Susana da morte.
O comportamento corrupto desses juízes, que abusaram de seu poder, levou-os a inventar uma história falsa. Criaram uma “prova” com falso testemunho sobre algo que sabiam que não aconteceu. Até o povo foi enganado pela versão dos juízes. Como resultado, uma mulher justa e inocente teve sua honra manchada e foi condenada à morte. Se não fosse pela intervenção divina através de Daniel, ela teria morrido.
O que podemos aprender com essa história? Ela nos ensina que, apesar de a injustiça parecer prevalecer em muitos momentos na Terra, sempre haverá a lei da semeadura e da colheita (Gálatas 6:7). Ou seja, Deus sempre age em favor dos inocentes e, no tempo e modo d’Ele, virá socorrer essas pessoas.
Vivemos tempos em que, para alguns, as narrativas podem ser mais poderosas que a verdade. Na história de Susana, devido à autoridade dos juízes e ao cenário cuidadosamente arquitetado, a mentira se espalhou, enganando até o povo. Porém, a verdade se revelou, e sempre se revelará, pois é apenas uma questão de tempo.
Esta história também serve de alerta aos ímpios, aqueles que praticam o mal: “Quando você acabar de destruir, será destruído; quando acabar de trair, será traído” (Isaías 33:1).
Quando alguém trai a missão que Deus lhe confiou, desprezando os dons e a autoridade divinas, o mal se instala, e o povo sofre. Há momentos na vida em que não adianta falar, reclamar, gritar ou se irritar… É tempo de oração, de confiar ainda mais no Deus que pode nos libertar de todo mal. Lembrar-nos de que “Tudo posso n’Aquele que me fortalece” (Filipenses 4:13)!
Não sei o que o futuro reserva para nosso país, com tantas pessoas sendo prejudicadas por narrativas mentirosas e bem elaboradas. Porém, sei que a justiça divina, embora possa demorar, nunca falha… E o Brasil voltará a ser uma verdadeira democracia.
Coluna Opinião, de Michelle Bolsonaro.