O próximo domingo (7) promete entrar para a história da política brasileira. O ato convocado em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ocorrerá na Avenida Paulista, em São Paulo, já é considerado por organizadores e analistas como a maior mobilização popular do país desde o fim das eleições de 2022.
A expectativa é de um público massivo, formado por caravanas vindas de todos os estados, lideranças políticas, pastores evangélicos, empresários, movimentos civis e milhares de cidadãos que enxergam em Bolsonaro um líder injustiçado e perseguido.
Força política em meio à perseguição judicial
Mesmo cumprindo prisão domiciliar e enfrentando julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode lhe render penas superiores a 40 anos, Bolsonaro segue como o maior líder político da direita brasileira.
“O 7 de Setembro será o dia em que o povo vai mostrar que está com Bolsonaro, não importa o que tentem contra ele”, afirmou Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Em suas redes, ele comparou o julgamento do pai ao Caso Dreyfus, na França, considerado um dos maiores erros judiciais da história.
Eduardo Bolsonaro reforçou que a data será “um divisor de águas entre quem apoia a democracia de verdade e quem defende censura e perseguição política”.
Carlos Bolsonaro publicou que a mobilização será “histórica e definitiva para mostrar que a força de Jair Bolsonaro vem do povo brasileiro e de Deus”.
Adesão de lideranças e governadores
Além da família Bolsonaro, diversos aliados políticos confirmaram presença. Entre eles, deputados, senadores e governadores que hoje compõem a linha de frente da oposição ao governo Lula.
A deputada Caroline de Toni (PL-SC) declarou que “o Brasil gritará por liberdade contra os abusos de Moraes e da atual gestão da Procuradoria-Geral da República”. Já o senador Magno Malta (PL-ES) destacou que “o 7 de Setembro ficará marcado como o dia em que a pátria clamou por justiça”.
Governadores alinhados ao projeto conservador também devem subir ao palanque, reforçando a capilaridade nacional do ato.
O julgamento conduzido por Alexandre de Moraes será alvo central das críticas. Para os organizadores, o ministro transformou o STF em palco de perseguição política.
Outro ponto de destaque será o pedido de anistia para os presos do 8 de Janeiro, além de novas pressões pela abertura de uma CPMI para investigar supostos abusos do Judiciário e da Procuradoria-Geral da República.
Pastores e líderes religiosos também devem dar o tom do evento, reforçando a dimensão espiritual da luta. “Nossa batalha é pela verdade e pela liberdade do povo de Deus”, declarou o pastor Silas Malafaia, que confirmou presença.
Mobilização nacional e impacto nas eleições de 2026
Com ônibus lotados vindos de diferentes regiões e intensa mobilização nas redes sociais, os organizadores acreditam que este ato será maior do que todos os anteriores.
Analistas avaliam que a manifestação poderá reconfigurar o tabuleiro político para 2026. Bolsonaro, mesmo sob forte pressão judicial, segue como o nome mais forte da oposição, e o ato do 7 de Setembro servirá para consolidar sua posição como o líder de massas capaz de unir a direita em torno de um só projeto.
“Eles podem tentar prender, calar ou censurar Bolsonaro, mas não conseguem parar o povo. O 7 de Setembro será a prova disso”, disse um deputado aliado que prefere não se identificar.
Enquanto o governo Lula enfrenta dificuldades de articulação no Congresso e desgaste com o aumento de impostos e tarifas, Bolsonaro mostra que mantém apoio popular e político sólidos.
O 7 de Setembro, tradicionalmente marcado por atos cívicos, neste ano assume um caráter diferente: o dia em que milhões de brasileiros irão às ruas não apenas para celebrar a independência do Brasil, mas também para defender a liberdade de Jair Bolsonaro e denunciar os abusos do STF.