O presidente Donald Trump disse a repórteres na tarde de segunda-feira que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky viajará aos Estados Unidos esta semana para assinar um novo acordo mineral com os Estados Unidos.
“Ouvi dizer que [Zelensky] virá na sexta-feira”, disse Trump. “Certamente está tudo bem para mim se ele quiser.”
Autoridades ucranianas confirmaram a diversas publicações que Zelensky se encontrará com o presidente Donald Trump na sexta-feira para assinar o acordo na Casa Branca.
O Financial Times informou que a Ucrânia concordou com os termos do acordo mineral proposto pelo governo Trump, que espera fortalecer seu relacionamento com os Estados Unidos, mas somente depois que os Estados Unidos retiraram sua exigência pelo direito a US$ 500 bilhões em receitas potenciais dos minerais para reembolsar os Estados Unidos pela assistência que receberam nos últimos três anos.
“É um acordo muito grande. Pode ser um acordo de um trilhão de dólares”, disse Trump aos repórteres na terça-feira. “Estamos gastando centenas de bilhões de dólares na Ucrânia e na Rússia lutando uma guerra que nunca, jamais deveria ter acontecido.”
O acordo supostamente estabelece um fundo no qual a Ucrânia “contribuiria com 50% dos lucros da ‘monetização futura’ de recursos minerais estatais, incluindo petróleo e gás, e logística associada”, disse o relatório. “O fundo investiria em projetos na Ucrânia.”
O acordo não inclui recursos minerais que já estão sendo desenvolvidos pelos maiores produtores de gás e petróleo da Ucrânia para os cofres do governo ucraniano, disse o relatório.
O acordo não lista nenhuma garantia de segurança específica dos Estados Unidos que a Ucrânia tenha exigido, nem aborda “o tamanho da participação dos EUA no fundo e os termos dos acordos de ‘propriedade conjunta’ a serem discutidos em acordos subsequentes”, acrescentou o relatório.
O acordo acontece depois que Trump chamou Zelensky de “ditador” na semana passada.
Olha Stefanishyna, vice-primeira-ministra da Ucrânia que está encarregada das negociações, disse que o acordo sobre minerais era apenas “parte do quadro”.
“Ouvimos diversas vezes da administração dos EUA que isso faz parte de um quadro maior”, acrescentou ela.