A Venezuela rompeu suas relações diplomáticas com o Peru após o governo peruano reconhecer Edmundo González Urrutia como o presidente eleito da Venezuela. O governo venezuelano considerou essa decisão uma afronta, alegando que violou sua soberania e desrespeitou o “resultado oficial” das eleições no país.
O chanceler venezuelano, Yván Gil, expressou sua revolta em uma mensagem na rede social X, acusando o chanceler peruano de emitir “declarações imprudentes” que desconsideraram a vontade do povo venezuelano e a Constituição do país.
O Ministro das Relações Exteriores do Peru, Javier González-Olaechea, havia anunciado que o governo peruano reconhecia González como “o legítimo presidente eleito da Venezuela”, alegando que Maduro busca perpetuar-se no poder através de uma ditadura.
Em resposta ao rompimento anunciado pela Venezuela, a presidência peruana afirmou que a decisão de Maduro se deve à “incapacidade de apresentar de forma confiável a vitória eleitoral que lhe é atribuída”, mencionando a falta de divulgação das atas com verificação internacional exigida por países e várias organizações internacionais.
No último domingo (29), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou Maduro vencedor com 51% dos votos, enquanto González obteve 44%. No entanto, o CNE não publicou as atas que poderiam confirmar esses resultados. Desde então, a oposição está reunindo as atas recebidas por seus fiscais nas seções eleitorais onde tiveram acesso.