O presidente reeleito dos Estados Unidos, Donald Trump, causou polêmica nesta terça-feira, 7, ao publicar no Truth Social um mapa que incluía o Canadá como parte do território americano. Acompanhando a imagem, Trump escreveu: “Oh Canada”, em tom provocativo. A publicação veio um dia após o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciar sua renúncia ao cargo.
A ideia de anexar o Canadá não é nova para Trump. Durante um encontro com Trudeau em seu mandato anterior, o republicano sugeriu que, caso o Canadá não conseguisse arcar com tarifas de 25% sobre suas exportações para os EUA, uma solução seria a incorporação do país vizinho. Desde então, Trump passou a se referir a Trudeau como “governador”.
Trump afirmou que muitos canadenses apoiariam a integração com os EUA, destacando que a medida poderia resultar em economia para os cidadãos do país em impostos e segurança. Em sua publicação, escreveu: “Estado 51! Acho que é uma ótima ideia.”
O presidente eleito argumentou que a eliminação da “fronteira artificial” entre os dois países fortaleceria a segurança nacional dos EUA. Ele também criticou o déficit comercial com o Canadá, descrevendo-o como um “subsídio”. Trump afirmou que sua administração confiaria na força econômica dos EUA, descartando o uso de força militar para alcançar seus objetivos.
Trump ainda mencionou outras regiões de interesse estratégico, como o Canal do Panamá e a Groenlândia, sinalizando uma possível guinada expansionista em sua política externa. Segundo ele, essas áreas são cruciais para a segurança e a economia dos Estados Unidos.
A provocação gerou reações imediatas, tanto dentro quanto fora dos EUA. Críticos classificaram a proposta como uma tentativa de intimidar o Canadá, enquanto apoiadores de Trump elogiaram sua postura assertiva em relação ao comércio e segurança nacional.
Embora o tom de Trump tenha sido apresentado como brincadeira, a ideia de anexação reflete as estratégias econômicas e diplomáticas que ele promete implementar em seu segundo mandato, alimentando debates sobre o futuro das relações entre os dois países.