A revogação formal da liberdade condicional ocorre após uma batalha judicial que interrompeu temporariamente a implementação da agenda do presidente Trump.
Centenas de milhares de migrantes que foram libertados condicionalmente no país pelo governo Biden foram informados na quinta-feira que seu status legal e autorização de trabalho foram oficialmente revogados e agora estão sendo incentivados a se autodeportar de volta para seus países de origem.
O Departamento de Segurança Interna começou a notificar muitos dos mais de 530.000 migrantes de Cuba, Venezuela, Haiti e Nicarágua sobre a revogação formal de sua liberdade condicional na quinta-feira. A medida ocorre após o governo Trump anunciar, em março, que revogaria o status dos migrantes.
“Eles permitiram que mais de meio milhão de estrangeiros mal examinados de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela, e seus familiares próximos, entrassem nos Estados Unidos por meio desses programas desastrosos de liberdade condicional”, acusou a secretária assistente do DHS, Tricia McLaughlin.
Ela acrescentou que o governo Biden “concedeu-lhes oportunidades de competir por empregos americanos e prejudicar os trabalhadores americanos; forçou funcionários públicos de carreira a promover os programas mesmo quando a fraude foi identificada; e então culpou os republicanos no Congresso pelo caos que se seguiu e pelo crime que se seguiu”.
O presidente Donald Trump também criticou as políticas de imigração do governo Biden e incentivou imigrantes ilegais a se autodeportarem em uma publicação no Truth Social na quinta-feira.
“Biden permitiu que 21 milhões de estrangeiros ilegais e sem controle inundassem o país, vindos de algumas das nações mais perigosas e disfuncionais do planeta — muitos deles estupradores, assassinos e terroristas”, escreveu Trump. “Aqueles que estão aqui ilegalmente devem se autodeportar usando o aplicativo CBP Home, ou o ICE os encontrará e os removerá. Salvar a América não é negociável!”
A revogação formal do status de liberdade condicional para mais de meio milhão de migrantes ocorre uma semana após a Suprema Corte decidir em favor do governo Trump, observando que estava dentro do poder do presidente modificar o status dos migrantes.
A decisão veio na sequência da decisão de um juiz federal de impedir temporariamente Trump de revogar o status. Esse juiz, segundo o The Daily Wire, já havia se voluntariado e feito doações a importantes candidatos democratas, incluindo a senadora Elizabeth Warren e o ex-presidente Barack Obama.
“Acabar com os programas de liberdade condicional do CHNV, bem como com as liberdades condicionais daqueles que os exploraram, será um retorno necessário às políticas de senso comum, um retorno à segurança pública e um retorno ao America First”, disse McLaughlin.
O governo Trump já incentivou imigrantes ilegais a se autodeportarem, transformando um formulário online usado anteriormente para agilizar a entrada de migrantes no país em uma plataforma onde imigrantes ilegais podem comunicar sua intenção de deixar os Estados Unidos. Imigrantes ilegais podem até se qualificar para um auxílio de US$ 1.000 e ter suas despesas de viagem cobertas caso deixem o país voluntariamente.
