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quarta-feira, 20 agosto, 2025
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Trump envia destróieres à Venezuela e ameaça Maduro com “toda a força” dos EUA

Por Alexandre Gomes

Escalada militar ocorre após designação de cartéis latino-americanos como grupos terroristas; Caracas responde com mobilização de 4,5 milhões de milicianos

Três destróieres da Marinha dos Estados Unidos, equipados com sistema de mísseis guiados Aegis, devem se posicionar próximos à costa da Venezuela ainda nesta semana, segundo autoridades americanas ouvidas pela agência Reuters.

A movimentação integra uma ofensiva militar liderada pelo governo Donald Trump para enfrentar o narcotráfico internacional, com foco em cartéis da América Latina que, segundo Washington, operam como redes terroristas transnacionais.

A ação marca uma nova escalada na já conturbada relação entre Estados Unidos e Venezuela. Em paralelo à operação, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente Trump está preparado para usar “toda a força americana” contra o regime de Nicolás Maduro, que classificou como um “cartel narcoterrorista”.

A palavra usada por Leavitt — “power” — foi interpretada por analistas como um indicativo de possível força militar.

Cartéis são rotulados como terroristas

Desde fevereiro, Trump ampliou o escopo da segurança nacional ao classificar formalmente grupos como o Cartel de Sinaloa (México), o Tren de Aragua (Venezuela) e outras organizações do tráfico como “organizações terroristas estrangeiras”. A designação, antes restrita a grupos como Al-Qaeda ou Estado Islâmico, abriu caminho legal para operações militares diretas fora do território americano.

A ofensiva militar, que deve envolver 4 mil fuzileiros navais e marinheiros deslocados para o Caribe e América Latina, foi autorizada por uma diretriz presidencial assinada em sigilo neste mês. Segundo o jornal The New York Times, a ordem permite o uso de tropas para capturar membros desses cartéis, seja em águas internacionais ou em espaços aéreos monitorados.

Maduro convoca 4,5 milhões de milicianos em resposta aos EUA

A resposta do regime chavista não tardou. Na segunda-feira (18), Maduro anunciou um “plano especial” de mobilização de 4,5 milhões de milicianos venezuelanos para “garantir a cobertura de todo o território nacional”, em meio ao que chamou de “renovação das ameaças” dos Estados Unidos. O plano foi anunciado em rede nacional, mas sem detalhes logísticos ou operacionais sobre a suposta ativação das forças civis armadas.

Maduro também acusou os EUA de praticarem uma política de perseguição contra migrantes venezuelanos. Segundo o governo, 66 crianças seguem “sequestradas” em território americano, após terem sido separadas dos pais durante processos de deportação. A Venezuela exige o retorno imediato dos menores.

Recompensa dobrada

No início do mês, Trump anunciou que dobrou a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro: de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões. O líder venezuelano é acusado pelos EUA de ser um dos principais operadores do narcotráfico global, com envolvimento direto em redes de contrabando de drogas e armas, além de supostas ligações com cartéis mexicanos.

A retórica da Casa Branca coincide com a tentativa de Trump de reforçar sua política de segurança e imigração — temas centrais da campanha presidencial americana — enquanto amplia a pressão sobre regimes adversários, como Cuba e Venezuela.

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