O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na segunda-feira que seria inteligente para o presidente venezuelano Nicolas Maduro deixar o poder, e que os Estados Unidos poderiam ficar ou vender o petróleo que haviam apreendido na costa da Venezuela nas últimas semanas.
A campanha de pressão de Trump sobre Maduro incluiu uma presença militar reforçada na região e mais de duas dezenas de ataques militares contra embarcações supostamente traficantes de drogas no Oceano Pacífico e no Mar do Caribe, próximas à nação sul-americana. Pelo menos 100 pessoas foram mortas nos ataques.
Questionado se o objetivo era forçar Maduro a deixar o poder, Trump disse a repórteres: “Bem, acho que provavelmente seria… Isso depende dele o que quer fazer. Acho que seria inteligente ele fazer isso. Mas, de novo, vamos descobrir.”
“Se ele quiser fazer algo, se jogar duro, será a última vez que ele conseguirá jogar duro”, disse ele.
Durante a coletiva de imprensa, Trump também mirou no presidente colombiano Gustavo Petro, com quem também teve disputas ao longo do ano.
“Ele não é amigo dos Estados Unidos. Ele é muito mau. Muito vilão. Ele tem que tomar cuidado porque ele fabrica cocaína e eles enviam para os EUA”, disse Trump quando questionado sobre as críticas de Petro à forma como a administração Trump lidou com as tensões com a Venezuela.
Além dos ataques, Trump já anunciou anteriormente um “bloqueio” para todos os petroleiros sob sanções que entram e saem da Venezuela. A Guarda Costeira dos EUA começou a perseguir um petroleiro em águas internacionais próximas à Venezuela no domingo, naquela que seria a segunda operação desse tipo neste fim de semana e, se bem-sucedida, a terceira em menos de duas semanas.
“Talvez a vendamos, talvez a mantenhamos com ela”, disse Trump quando questionado sobre o que aconteceria com o petróleo apreendido, acrescentando que ele também poderia ser usado para reabastecer as reservas estratégicas dos Estados Unidos.
Sem se referir diretamente às declarações de Trump, Maduro disse que todo líder deveria cuidar dos assuntos internos de seu próprio país.
“Se eu falar com ele novamente, direi a ele: cada país deve cuidar de seus próprios assuntos internos”, disse Maduro, referindo-se a uma ligação telefônica inicial entre os dois líderes no mês passado.
