Donald Trump intensificou seus ataques contra Kamala Harris, chamando-a de comunista e alegando que o plano de governo de sua campanha é idêntico ao de Nicolás Maduro, ditador da Venezuela.
Em uma entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (15), na véspera do comício de Harris na Carolina do Norte, Trump atacou com vigor as propostas econômicas da democrata. Enquanto o evento acontecia, Trump estava em sua residência em Nova Jersey, onde uma mesa repleta de produtos alimentícios, como bacon e cereais, estava ao lado do púlpito.
Trump criticou a proposta de Harris de banir aumentos abusivos de preços, dizendo: “Agora Kamala quer impor controles de preços comunistas. Isso só leva a racionamento e fome.”
O ex-presidente alegou que a campanha de Harris segue uma agenda inspirada em regimes autoritários: “Ela está concorrendo com um plano de Maduro. É como algo vindo da Venezuela ou da União Soviética. Este anúncio é uma admissão de que suas políticas falharam e causaram uma catástrofe global.”
Trump também expressou ceticismo sobre a candidatura de Harris, observando que há apenas seis semanas ela era vista como uma vice-presidente fracassada. “Agora todos a tratam como se fosse uma Margaret Thatcher de esquerda. Ela não é inteligente e não acho que ama nosso país”, disse ele.
Nesta coletiva, Trump leu seu discurso de folhas de papel, mas não conseguiu seguir o script perfeitamente, misturando tópicos como guerra externa e inflação. Seus ataques a Kamala Harris, que incluem acusações de incompetência e especulações sobre a constitucionalidade de sua candidatura, têm gerado controvérsia.
Enquanto isso, a campanha de Trump enfrenta pressão, e alguns republicanos, como Nikki Haley, ex-rival de Trump na disputa pela nomeação republicana, sugeriram que ele deveria manter o foco nas políticas do governo atual.
Trump acredita que sua campanha está indo bem e que suas acusações tocam em pontos sensíveis. “Temos que definir nossa oponente como comunista e socialista, alguém que vai destruir nosso país”, afirmou. Ele também se defendeu das críticas, dizendo que tem o direito de fazer ataques pessoais e acusando Harris de querer eliminar a detenção de imigrantes ilegais.
Apesar das alegações de Trump, estudos mostram que a imigração tem sido benéfica para a economia dos EUA, adicionando trilhões à economia e às receitas do governo federal. Trump, no entanto, continuou a afirmar que a imigração e as políticas de transição energética estão prejudicando o país.
“Os moinhos de energia eólica estão matando pássaros e destruindo nossas paisagens. Você não pode matar uma águia”, disparou. Ele prometeu aumentar a produção de petróleo e gás se for eleito, enfatizando a necessidade de combustível fóssil e nuclear para a competitividade dos EUA na inteligência artificial e na preservação ambiental.