O pedido do Talibã para participar da cúpula dos BRICS, apesar de inesperado, reflete o interesse do grupo em ampliar sua legitimidade internacional e diminuir o isolamento do Afeganistão sob seu governo. Desde que retomou o controle do país em 2021, o Talibã tem buscado formas de estabelecer relações internacionais mais formais, apesar de seu governo ainda não ser amplamente reconhecido. A possível retirada do grupo da lista de organizações terroristas pela Rússia indica um passo nesse sentido.
No entanto, a inclusão do Talibã no BRICS enfrentaria fortes resistências, especialmente considerando a postura repressiva do grupo em relação aos direitos humanos, principalmente no que diz respeito às mulheres, e sua história de extremismo. O BRICS, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, embora já tenha demonstrado disposição para expandir seu bloco, precisaria de consenso entre seus membros para aceitar um pedido tão polêmico.
Se confirmado, o pedido do Talibã poderá desencadear debates intensos sobre os critérios de adesão ao bloco e as implicações diplomáticas de aceitar um grupo com o histórico e as práticas do Talibã.